Taxa desmatamento preocupa mesmo com queda de 61%

Taxa desmatamento preocupa mesmo com queda de 61%. O primeiro mês de 2023 trouxe um alívio para a maior floresta tropical do planeta.

 

Taxa desmatamento preocupa mesmo com queda de 61%. O primeiro mês de 2023 trouxe um alívio para a maior floresta tropical do planeta. Com 198 quilômetros quadrados devastados apenas em janeiro, a redução observada pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) foi de 24% em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda assim, a situação é de alerta, pois a destruição equivale à perda diária de 640 campos de futebol; o terceiro pior índice para o período desde 2008.

De acordo com a série histórica de alertas de desmatamento do Imazon, o desmate em janeiro deste ano só perdeu para os valores registrados, nessa mesma época, em 2015 e 2022. Em ambos os casos, mais de 250 quilômetros quadrados de floresta foram a baixo em 31 dias.

Apesar da queda, para a pesquisadora do Imazon, Bianca Santos, ainda é muito cedo para comemorar. “Nós estamos num ritmo de devastação muito alto, num patamar semelhante ao dos últimos anos”, alertou.

GOVERNO BOLSONARO TEVE RECORDE DE DESMATAMENTO

Das áreas desmatadas na Amazônia em 2022, 80% delas eram responsabilidade do governo federal, o equivalente a 8.443 km². No acumulado dos últimos 4 anos (2019 a 2022), foram desmatados 35.193 km², área superior aos Estados de Sergipe e Alagoas, (21.000 km² e 27.000 km², respectivamente). É o que mostrou levantamento do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) divulgado em 18 de janeiro. O maior desmatamento da Amazônia dos últimos 15 anos foi registrado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Somente em 2022, foram, foram devastados 10.573 km², 0 5º recorde anual consecutivo. A área equivale a 3 mil campos de futebol por dia de floresta.

Os indicadores são os primeiros no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem Marina Silva (Rede) que voltou ao comando da pasta de Meio Ambiente 15 anos depois de sua primeira passagem e em um contexto muito mais complexo para o combate ao desmatamento.

Com a fiscalização enfraquecida nos últimos anos, organizações criminosas aumentaram a exploração de ouro em terras indígenas, grilagem de terras e esquemas de madeira ilegal.

Ainda, o governo Lula precisa enfrentar este cenário para cumprir as promessas de desmatamento zero e redução de emissões, reforçadas no discurso de posse e mesmo antes dela. Taxa desmatamento

Em novembro do ano passado, o então presidente eleito foi à COP27, conferência do clima da ONU (Organização das Nações Unidas) realizada no Egito, e sinalizou que seu governo seria diferente do de Bolsonaro, marcado por atritos com a comunidade internacional e com fontes de recursos do exterior, como o Fundo Amazônia.

As primeiras operações contra o desmatamento na Amazônia foram iniciadas na semana passada, quando agentes do Ibama lideraram incursões contra o desmatamento em Acre, Pará e Roraima. Taxa desmatamento 

Em 16 de janeiro, a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) revogou a instrução normativa que flexibilizava a exploração de madeira em terras indígenas, permitindo que não indígenas participassem do manejo.

O governo também aposta em doações do Fundo Amazônia, reativado em 1º de janeiro deste ano, para retomar a fiscalização. Em 18 de janeiro, Marina Silva disse, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, que a base de doadores do fundo pode ser expandida para reforçar o combate a crimes ambientais.

 

 

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