Superfungo: veja o que se sabe sobre casos de Candida auris
Superfungo: veja o que se sabe sobre casos de Candida auris
Em 18 dias, Pernambuco teve quatro pacientes diagnosticados com o Candida auris, conhecido também como superfungo por ser resistente a medicamentos. Por causa de um dos casos, o Hospital Miguel Arraes, em Paulista, no Grande Recife, parou de fazer novos atendimentos para evitar outras contaminações.
Na quinta (25), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que criou um comitê técnico para monitorar as infecções pelo Candida auris. Em entrevista ao Bom Dia PE desta sexta (26), o diretor geral de Informações Epidemiológicas da SES, José Lancart de Lima tirou dúvidas sobre os casos e orientou como se prevenir (veja vídeo abaixo).
Entenda o que se sabe sobre o superfungo e os casos registrados no estado:
- Por que o Candida auris é conhecido como superfungo?
- Como ele age no corpo?
- Quem são os pacientes infectados em Pernambuco?
- Como foi feito o diagnóstico?
- Como estão os infectados?
- Como se prevenir?
- Álcool 70% ajuda a prevenir a contaminação?
- Como os hospitais têm evitado novas contaminações?
Por que o Candida auris é conhecido como superfungo?
🦠 Em 2019, o Candida auris foi caracterizado pela comunidade científica como um fungo mais resistente a medicamentos do que os outros.
“Ele resiste muito bem à temperatura mais elevada e baixa. E também tem uma resistência significativa a algumas classes de antifungos utilizadas no seu controle”, disse José Lancart de Lima.
🔬 Estudos indicam que até 90% dos pacientes com Candida auris são resistentes a fluconazol, anfotericina B ou equinocandinas, que são medicamentos usados no tratamento de infecções por fungos.
🔎 Geralmente, não há manifestação clínica da presença do superfungo e o paciente que está “colonizado” por ele é assintomático, segundo o diretor geral de Informações Epidemiológicas da SES.
👥 A transmissão acontece através do contato direto com objetos ou pessoas infectadas.
🩸 O Candida auris é capaz também de infectar o sangue, levando a casos agressivos e, muitas vezes, letais, de acordo com José Lancart de Lima.
🩺 Pacientes com alguma comorbidade, imunosuprimidos ou cardiopatas têm um risco maior de apresentar um agravamento do quadro clínico quando infectados com o superfungo. (Com informações G1)
AliançA FM