O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, arquivou na última segunda-feira (14) um inquérito sobre supostas tentativas de intimidação a ministros do tribunal por meios ilegais. A informação foi publicada nesta segunda pelo portal Uol.
O inquérito foi instaurado por Martins em fevereiro do ano passado com base em diálogos obtidos por hackers – de acordo com a Vaza Jato, integrantes da força-tarefa de Curitiba (PR) discutiram pedir à Receita Federal uma análise patrimonial dos ministros que integram as turmas criminais do STJ, mas sem autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em sua decisão, o ministro Humberto Martins disse que “foram expedidos inúmeros ofícios a diversas instituições públicas com o objetivo de coleta de indícios de prática delitiva”.
“Das informações prestadas pelas autoridades estatais não se verifica a existência de indícios suficientes de autoria e de materialidade de eventuais crimes, o que induz à convicção de que o arquivamento do presente inquérito é a medida que se impõe”, disse.
Ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol comemorou a decisão da Corte. “A ‘Vaza Jato’ disse que a Lava Jato investigou o STJ com a Receita, violando regras legais do foro privilegiado”, disse.
Diálogos
Conforme os diálogos da Vaza Jato, Dallagnol disse: “A RF (Receita Federal) pode, com base na lista, fazer uma análise patrimonial, que tal? Basta estar em EPROC público. Combinamos com a RF”.
O procurador Diogo Castor de Mattos afirmou acreditar que o ministro Félix Fischer, relator da Lava Jato no STJ, não estaria envolvido em irregularidades. “Félix Fischer eu duvido. Eh um cara serio. (sic)”.
AliançA FM