STF decreta prisão preventiva de bolsonaristas acusados de vandalismo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes converteu para prisão preventiva a detenção de 11 apoiadores do ex-presidente

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes converteu para prisão preventiva a detenção de 11 apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que tentaram invadir a sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, no ano passado.

Quatro pessoas foram localizadas e detidas pela PF: Klio Hirano, Átila Melo, Samuel Cavalcante e Joel Pires Santana; Outros sete bolsonaristas seguem foragidos, incluindo Alan Diego dos Santos, suspeito de ter auxiliado na bomba plantada em um caminhão de querosene nas proximidades do aeroporto de Brasília.
Em decisão, Moraes afirma que as provas colhidas até o momento demonstram que os investigados ameaçaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os demais ministros do Supremo de forma organizada e coordenada com o objetivo de impedir o exercício dos poderes.
O ministro apontou que há indícios de materialidade nos crimes de dano qualificado, incêndio, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Segundo Moraes, por se tratar de investigação de crime de associação criminosa, há possibilidade da liberdade dos suspeitos colocarem em risco a coleta de novas provas.
Além disso, o ministro registra que os atos antidemocráticos não cessaram completamente, uma vez que atos golpistas continuam sendo conduzidos em alguns pontos do país.
Além das prisões, a operação cumpriu 21 mandados de busca e apreensão em sete Estados e no Distrito Federal.
A investigação da PF apura o episódio em que bolsonaristas tentaram invadir o prédio-sede da corporação no centro de Brasília. Sem sucesso, o grupo então praticou atos de vandalismo pela cidade, queimando e destruindo veículos.
Os ataques tiveram início após a prisão do líder indígena bolsonarista José Acácio Serene Xavante, acusado de ameaçar e perseguir o presidente Lula. Os crimes foram cometidos na noite do dia 12 de dezembro, mesma data em que o petista foi diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Na cadeia

Com a prisão preventiva decretada por Moraes, o cárcere dos apoiadores do ex-presidente não tem prazo para terminar.

Os manifestantes radicais são alvo da Operação Nero, deflagrada no dia 29 de dezembro por policiais da PF e da Polícia Civil do Distrito Federal, que investiga o envolvimento de bolsonaristas no ataque ao prédio da Polícia Federal e na destruição de veículos.

Além do Distrito Federal, a Operação Nero ocorreu de forma simultânea em Rondônia, São Paulo, Tocantins, Ceará, Mato Grosso, Pará e Rio de Janeiro, em busca dos suspeitos.

Até o momento, a Polícia Federal localizou apenas quatro investigados, são eles: Átila Melo, Klio Hirano, Joel Pires Santana e Samuel Barbosa Cavalcante. Estão foragidos Alan Diego dos Santos, Helielton dos Santos, Ricardo Aoyama, Silvana Luizinha da Silva, Walace Batista da Silva, Wellington Macedo e Wenia Morais Silva.

Segundo informações dos investigadores, todos os alvos da operação teriam participado dos atos de vandalismo no dia 12 de dezembro na Polícia Federal. Alguns dos acusados foram responsáveis pela compra de galões de gasolina usados para incendiar os veículos.

 

 

 

 

 

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