Após o terceiro jogo do Marrocos na Copa do Mundo do Catar, a defesa do Brasil se tornou a única da competição a não sofrer gols. A seleção africana levou um gol na vitória por 2 x 1 sobre o Canadá e deixou a Seleção como a única detentora do posto. Apesar do tento sofrido, Hakimi e companhia garantiram a primeira posição do Grupo F.
Entretanto, vale lembrar que os comandados de Tite ainda entram em campo nesta terceira rodada, contra Camarões, nesta sexta-feira (2/12). Com a classificação garantida para as oitavas, o técnico vai mandar um time reserva a campo. O jogo vale a liderança da chave.
Marrocos fez por onde e venceu o Canadá com gols de Ziyech e En-Nesyri. O gol dos adversários foi marcado pelo zagueiro Nayer Aguerd, que jogou contra a própria meta. Este também foi o primeiro gol contra da Copa do Mundo de 2022.
Além de não sofrer gols, Alisson foi um mero espectador nas vitórias contra a Sérvia, por 2 x 0, e contra a Suíça, 1 x 0. As seleções europeias não chutaram diretamente a gol e o arqueiro não precisou trabalhar até agora. Na terceira partida, frente a Camarões, Éderson será o titular e terá a responsabilidade de manter o Brasil como detentor do posto de defesa não vazada.
O Brasil ainda vai jogar nesta sexta-feira (2) contra Camarões para encerrar a participação na fase de grupos da Copa do Mundo. Com o time reserva, Ederson que vai ser o responsável por defender as traves dessa vez, com a linha de zaga formada por Daniel Alves, Militão, Bremer e Alex Telles.
HISTÓRIA DO CONFRONTO BRASIL X CAMARÕES
Técnico do Camarões, adversário do Brasil na rodada final do Grupo G da Copa do Mundo, Rigobert Song guarda más lembranças de quando enfrentou a seleção brasileira na época em que era zagueiro. No Mundial de 1994, com apenas 17 anos, foi expulso durante a derrota por 3 a 0 na fase de grupos, após gols marcados por Romário, Bebeto e Márcio Santos.
A experiência frustrante, seguida de uma goleada por 6 a 1 para a Rússia e da eliminação da Copa, é usada pelo treinador como exemplo de como não se comportar diante do Brasil, campeão daquela edição.
”Tive a oportunidade de enfrentar o Brasil, que na época já era um dos melhores. Fiz o que podia na partida, tentei me impor de alguma maneira e recebi o cartão vermelho. Isso me deu maturidade, é o que tento transmitir aos meus jogadores porque não quero que eles sejam expulsos”, disse.
”O resultado é importante e sei que meus jogadores são capazes de consegui-lo se eles se concentrarem em aspectos importantes, como a dedicação e compromisso. Muitas vezes perdemos a concentração. Numa partida de alto nível, se isso acontecer, viramos vítimas. Amanhã, corrigiremos nossos erros, seremos disciplinados e comprometidos para ganhar os três pontos”, completou.
Apesar do trauma de 1994, Rigobert Song teve a oportunidade celebrar uma vitória contra a seleção brasileira em 2003, quando Samuel Eto’o marcou o solitário gol do triunfo por 1 a 0 dos camaroneses, na Copa das Confederações. ”Estou muito feliz que você tenha mencionado isso. Sim, Camarões já venceu o Brasil antes”, alegrou-se o treinador ao ser questionado sobre o jogo de duas décadas atrás. ”Nada está perdido. No futebol, existem realidades diferentes. As zebras acontecem. Tudo é possível”.
Além de usar sua experiência pessoal como jogador para passar a mensagem ao grupo camaronês, Song buscou inspiração em outra seleção africana: Senegal, que avançou do Grupo A para as oitavas de final, fase na qual enfrentará a Inglaterra. Para avançar, Camarões precisa vencer o Brasil, torcer para que a Suíça não vença a Sérvia e se garantir no saldo de gols.
AliançA FM