A taxa de desocupação no país foi de 11,1% no primeiro trimestre de 2022, permanecendo estável em comparação ao quarto trimestre de 2021 (11,1%) e caindo 3,8% em comparação ao primeiro trimestre de 2021 (14,9%). Os dados foram divulgados na última sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
As maiores taxas de desemprego registradas no Brasil no primeiro trimestre foram Bahia (17,6%), Pernambuco (17,0%) e Rio de Janeiro (14,9%). O Amapá foi o único a ter queda no índice, com redução de 17,5% para 14,2% no número de desempregados.
Já as menores taxas foram registradas em Santa Catarina (4,5%), Mato Grosso (5,3%) e Mato Grosso do Sul (6,5%). Em São Paulo, o desemprego ficou em 10,8% no primeiro trimestre, abaixo dos 11,1% registrados no quarto trimestre de 2021, embora seja classificado como estatisticamente estável pelo IBGE.
“Houve uma queda de 7,3% no número de pessoas na força de trabalho e um aumento de 10,4% no contingente fora da força”, explicou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
No 1° trimestre, a taxa de desocupação por sexo ficou em 9,1% para os homens e 13,7% para as mulheres. Em cor ou raça, o desemprego entre os brancos alcançou 8,9%, ficando abaixo da média nacional, mas para os pretos (13,3%) e pardos (12,9%) ficou acima.
“São jovens ainda em processo de formação, que não têm uma inserção muito efetiva no mercado de trabalho, ocupando, muitas vezes, trabalhos temporários. Eles entram e saem do mercado com mais frequência. Muito em função de, às vezes, terem que compatibilizar estudos com trabalho. Há ainda outros aspectos estruturais, como pouca experiência e qualificação. Por isso, estão rotineiramente pressionando do mercado”, disse a coordenadora.
O rendimento médio real mensal habitual foi calculado em R$ 2.548. O valor representa elevação de 1,5% em relação ao 4º trimestre de 2021, quando atingiu R$ 2.510. É também um recuo de 8,7% ante o 1º trimestre de 2021. Já tinha alcançado R$ 2.789. Ainda em relação ao 4º trimestre de 2021, somente as regiões Norte (R$ 1.985) e Sudeste (R$ 2.875) apresentaram expansão relevante. Já na comparação com o 1º trimestre de 2021, a Região Norte ficou estável e as demais regiões apresentaram queda do rendimento médio na taxa de desemprego.
O percentual de empregados com carteira assinada atingiu 74,1% no setor privado, sendo os maiores percentuais em Santa Catarina (88,2%), São Paulo (82,4%), Rio Grande do Sul (81,1%). Maranhão (47,3%), Pará (51,3%) e Piauí (51,4%) registraram os menores.
AliançA FM