Sarampo: Brasil corre risco de viver epidemia

Ministro da Saúde pede que pais vacinem as crianças contra a polio

 

A baixa cobertura vacinal de crianças no Brasil tem preocupado especialistas. Doenças que já haviam sido erradicadas no país, como sarampo, catapora, rubéola e caxumba, correm o risco de voltar e provocar nova onda de contágio no momento em que ainda se discute a imunização contra a covid-19 no público infantil.

A Organização Pan-americana de Saúde certificou, em 2016, que o Brasil tinha eliminado o vírus do sarampo. Mas, em 2019, o Ministério da Saúde registrou cerca de 12 mil novos casos da doença. Em quatro anos, foram mais de 40 mil pessoas com sarampo e 40 mortes, sendo que metade delas ocorreu em crianças menores de 5 anos de idade.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) tem como um dos principais imunizantes a vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), cuja cobertura caiu para 71,4% no ano passado, provocando o surgimento de novos surtos de sarampo. A doença, em casos mais graves, pode causar pneumonia e inflamação no cérebro, levando a óbito.

Segundo dados do PNI, o Brasil não atingiu nenhuma das metas de cobertura das vacinas infantis disponíveis em 2020. A imunização ficou em apenas 75% em 2021, acentuando uma queda nos últimos seis anos. Em entrevista recente, o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, afirmou que a queda no número de crianças vacinadas vem acontecendo desde 2015 e se acentuou nos dois anos de pandemia.

AliançA FM

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