A Ucrânia rebateu a proposta russa e descartou a ideia de rendição das forças armadas em Mariupol, no sudeste do país. A Rússia propôs que os militares baixem as armas e deixem a cidade por meio de corredores humanitários e pediu uma resposta ucraniana até as 5h (pelo horário de Moscou, 23h pelo horário de Brasília) desta segunda-feira (21).
“Não podemos falar sobre a entrega de armas. Já informamos o lado russo sobre isso. Em vez de gastar tempo em oito páginas de cartas, basta abrir o corredor (humanitário)”, disse a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, ao jornal ucraniano Ukrainska Pravda.
“Informamos a ONU e o CICV. Agora estamos aguardando a reação da comunidade internacional. É uma manipulação deliberada e é uma verdadeira tomada de reféns”, completou.
Mariupol tem sido alvo de intensos bombardeios desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro. Muitos de seus 400 mil moradores permanecem presos na cidade com pouca ou nenhuma comida, água e energia. Segundo Mizintsev, corredores humanitários seriam abertos a oeste e leste de Mariupol, permitindo que civis deixassem a cidade.
Mariupol tem uma importância estratégica no mapa. Se a cidade cair, isso criaria um corredor terrestre controlado pela Rússia entre a Península da Crimeia e as regiões de Luhansk e Donetsk, no Leste, controladas por separatistas apoiados pela Rússia.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, disse que o cerco a Mariupol, cidade portuária estratégica no sudeste do país, será considerado um crime de guerra.
A Ucrânia descreveu a situação na cidade de Mariupol como “muito difícil”. O país rejeitou ultimato da Rússia para entregar o controle da cidade e, com isso, os russos não aceitaram abrir um novo corredor humanitário na cidade portuária.
AliançA FM