Revela um estudo que genética predispõe a vício em álcool e cigarro

Revela um estudo que genética predispõe a vício em álcool e cigarro

 

Um estudo científico detectou mais de 3.500 variações genética que potencialmente afetam o ato de fumar e beber. A pesquisa foi publicada na revista Nature e envolveu quase 3,4 milhões de pessoas. Os participantes analisados são de ascendência africana, americana, oriental e europeia.

Fumar e beber são importantes fatores de risco para diversos problemas de saúde física e mental, incluindo doenças cardiovasculares e transtornos psiquiátricos. Embora ambos os comportamentos sejam influenciados por fatores ambientais, sociais e políticos, há evidências de que a genética também pode afetar esses comportamentos.

Os cientistas lembram que estes comportamentos são influenciados por causas ambientais e sociais, mas há evidências de que a genética pode acarretar o consumo destas substâncias. O trabalho comparou os genomas dos envolvidos com seus hábitos de fumar e consumo de álcool.

Eles identificaram 3.823 variantes genéticas associadas ao tabagismo e consumo de álcool. Resultados mostram que mesmo vivendo em um ambiente semelhante, usuários com maior predisposição genética fumam mais.

O álcool, por exemplo, está ligado a um gene chamado ECE2, que atua no processamento da “neurotensina”, molécula que regula a  “dopamina“, o neurotransmissor envolvido no sistema de recompensa e que pode causar dependência.

Em um estudo recente publicado na revista Nature, o maior já realizado sobre o assunto, um grupo internacional de cientistas encontrou quatro mil associações genéticas que têm certa influência no consumo de álcool ou tabaco, levando em conta fatores como a idade em que essas substâncias começam a ser consumidas ou em que quantidade.

Os pesquisadores analisaram os genomas de mais de três milhões de pessoas que participaram de 60 estudos nos Estados Unidos, Austrália e Europa. A imensa maioria (80%) tinha descendência europeia. Os 20% restantes, eram descendentes de africanos, norte-americanos e sul-americanos e pessoas do leste asiático.

Já o número de cigarros fumados por dia está ligado a variações em um gene chamado NRTN, que influencia a sobrevivência dos neurônios que secretam dopamina.

 

 

AliançA FM

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