Relatório aponta erros em prisões após reconhecimento fotográfico

Relatório aponta erros em prisões após reconhecimento fotográfico

Um estudo da Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ) identificou que, no estado, pessoas passam em média 1 ano e dois meses presas injustamente por erros no uso do reconhecimento fotográfico. A informação e do g1 Rio

Dos 242 processos analisados pela Defensoriaos réus foram absolvidos em 30% dos casos. Entre eles, mais de 80% (54 pessoas) estavam com a prisão preventiva decretada – há quem tenha passado quase seis anos encarcerado preventivamente até a absolvição.

Como detalha a DPRJ, o reconhecimento fotográfico acontece quando a vítima ou testemunha identifica a pessoa que acredita ser autora do crime por meio de uma foto. Geralmente, a imagem é apresentada em um “álbum de suspeitos” das delegacias. A foto também pode constar em rede social.

Para a coordenadora de Defesa Criminal da DPRJ, Lucia Helena Oliveira, a apresentação de uma única foto para a vítima, e também a exibição das imagens em telas de celulares ou com baixa resolução, são alguns dos problemas relacionados ao método.

“Essas formas de utilização das imagens não podem ser identificadas como métodos legais para a realização do reconhecimento. É importante que haja observância das regras processuais penais, como forma de garantia de direitos”, afirmou a defensora.

Lucia Helena defende avanços na legislação para se evitar situações assim. Por exemplo, o estabelecimento de regras mais transparentes sobre as imagens que são exibidas no reconhecimento.

A Defensoria Pública lembra que, em janeiro deste ano, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) recomendou aos magistrados que reavaliem, com a urgência necessária, as decisões de prisões preventivas baseadas somente no reconhecimento fotográfico.

AliançA FM

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