Designado na quinta-feira (5) para apresentar um parecer contrário à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do Voto Impresso, o deputado Júnior Mano (PL-CE), renunciou à função. Ainda não está definido um novo nome para assumir a tarefa.
A proposta do voto impresso, bandeira do presidente Jair Bolsonaro e motivo de crise entre o Governo e o Poder Judiciário, foi rejeitada nesta quinta, no parecer do deputado Filipe Barros (PSL-PR), por 23 votos contrários e 11 favoráveis.
Após o resultado, Júnior Mano foi escolhido para elaborar um novo relatório, que representa a rejeição e arquivamento da PEC do Voto Impresso. O novo texto seria apresentado nesta sexta-feira (6), em nova reunião da comissão que trata do tema – marcada para as 18h. Apesar da desistência de Mano, o encontro está mantido.
Ainda hoje, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fará um pronunciamento na Câmara às 17h30. O assunto dessa fala não foi informado, mas nos bastidores especula-se que o tema pode ser o voto impresso.
Há uma pressão para Lira levar a PEC ao plenário da Casa, mesmo com sua rejeição, o que é permitido pelo regimento da Casa. “Regimentalmente, tem (essa possibilidade). Eu sinto que a gente vai ter que trabalhar”, declarou em entrevista coletiva na quinta. “É porque as comissões especiais funcionam de maneira opinativa, elas não são terminativas. Elas sugerem um texto, mas qualquer recurso pode fazer (com que a votação vá a plenário)”, concluiu Lira.
Na votação de ontem, todos os deputados do Progressistas, partido de Lira, membros da comissão, foram a favor da PEC.
Fonte: R7