Rachadinhas: gravações mostram Jair Bolsonaro como chefe

Presidente está envolvido no esquema do desvio de dinheiro de servidores reais e fantasmas.

Se existia alguma dúvida sobre o envolvimento do Jair Bolsonaro (sem partido) com esquemas de corrupção, algumas gravações mostram que elas não devem mais existir.

Em meio os escândalo de corrupção envolvendo compra de vacinas para covid-19, o presidente vai precisar lidar com mais uma situação constrangedora: um grande esquema de peculato, chamado de forma brande de “rachadinhas”, isto é, quando políticos cobram de funcionários porcentagens de seus salários, como forma de lavar dinheiro e extorsão.

Com a ajuda da equipe do núcleo de jornalismo investigativo do UOL, a colunista Juliana Dal Piva, divulgou gravações inéditas que comprometem Jair diretamente.

Vale lembrar que o presidente teria se omitido de investigá-lo, beneficiando seus aliados na Câmara dos Deputados. Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) também está no centro do escândalo das “rachadinhas”.

A reportagem grande, divulgada nesta segunda (5), escancara o envolvimento do presidente, que é chamado nas trocas de mensagens como “01”. A conversa ocorre entre a esposa de Fabrício Queiroz, Márcia Aguiar, e sua filha, Nathalia Queiroz. Esta primeira, esteve foragida enquanto seu marido estava preso em meio às investigações, ela disse que Jair não o deixará atuar como antes na política.

Fica a pergunta: e como ele atuava antes? De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, que acusa Fabrício Queiroz de ser operador do esquema, ele foi colocado no gabinete de Flávio, que era deputado estadual na Assembleia Legislativa, pelo pai. Jair é amigo de longa data de Queiroz, que era o responsável por organizar a “rachadinha”, recebendo o dinheiro desviado de servidores reais e fantasmas e ajudar em sua lavagem.

Mesmo que o presidente mostre que não sabe administrar nada no país, este esquema antigo prova que pelo menos para esquema proibidos, ele se mostrar apto. O esquema mafioso das “rachadinhas” são fortes indícios que ele se valeu da percepção de impunidade para se manter vivo por muito tempo. Um conglomerado de crime que chegou à Presidência da República. 

Com informações de Leonardo Sakamoto/ UOL

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