Presidente da CBF pede punição esportiva e detona La Liga
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, pediu que a Conmebol, a UEFA e a FIFA incluam em seus regulamentos punições esportivas para casos de racismo. O pedido surgiu depois que o jogador brasileiro Vini Jr sofreu mais um ataque racista durante partida entre o Real Madrid e o Valencia, no domingo (21/5).
Em pronunciamento, Rodrigues afirmou que ser solidário às vítimas de racismo no futebol não basta e que é necessário adotar medidas para acabar com o preconceito dentro dos estádios. “Não se pode mais ficar só sendo solidários e ficar fazendo manifestação de apoio. Tem que haver um comprometimento de todas autoridades para que esse tipo de crime seja combatido com penas desportivas”, opinou o presidente da CBF.
Rodrigues ainda disse que a multa não é suficiente para frear os ataques racistas. “Que não fique só na aplicação da multa. É um dinheiro que a CBF não quer para os seus cofres, ela quer que aquele que seja culpado, pague de uma forma que se aplique a lei, porque isso é crime hoje”, frisou.
O presidente da CBF revelou que enviou à Conmebol, a UEFA e FIFA um documento ressaltando que a Confederação Brasileira “não espera outra coisa que não seja, da Fifa, a aplicação de punições para que a La Liga possa executar”. “O racismo não está só no Brasil, está no mundo. Aqui no Brasil nós temos colocado, de forma veemente, a punição. Se aqui no Brasil a gente aplica com bastante contundência, por que tem que ser diferente para o mesmo futebol que segue uma norma que é universal da Fifa? Por que não pode ser nisso universal para que possa combater o racismo?”, indagou Rodrigues. Presidente da CBF pede Presidente da CBF pede Presidente da CBF pede Presidente da CBF pede
No pronunciamento gravado à CBF TV, Rodrigues contou que prestou solidariedade a Vini Jr após o episódio de racismo e repudiou o comportamento do presidente da La Liga, Javier Tebas. “As nossas ações se colocam em relação às autoridades. Algumas porque não querem aplicar a lei e outras por serem totalmente omissas, como é o presidente da La Liga, que é um cidadão que foi questionar a vítima, portanto está no lugar errado”, acrescentou.
“Quem dirige futebol tem que ter coragem para que possa aplicar contra aquilo que entristece e que é crime em qualquer sociedade e, principalmente, no futebol, onde ele é presidente. Portanto nosso repúdio, sim, a esse presidente da La Liga”, finalizou Rodrigues.