Em todos os momento que ocorreram o assédio, Caboclo estava sob a influência de álcool
Há uma semana, Rogério Caboclo, presidente da CBF, estava em Belém marcando presença na final do Campeonato Paraense 2021. No Estádio da Curuzu, ele acompanhou o Paysandu levantando a taça de campeão.
Agora Caboclo foi denunciado por uma funcionária da CBF. Ela apresentou nesta sexta-feira (4), a denúncia de assédio moral e sexual, e os relatos foram feitos à Comissão de Ética e Diretoria de Governança e Conformidade da instituição.
O cartola sofre pressão de dirigentes da federação para se afastar do cargo.
A colaboradora, que trabalha como cerimonialista, detalhou os constrangimentos causados pelo mandatário. Segundo depoimento dela, publicado pelo GloboEsporte.com, o cartola estava sob a influência de álcool em todos os episódios.
De acordo com a denunciante, os abusos teriam começado em abril do ano passado. Ela afirma que alguns constrangimentos aconteceram diante de diretores da CBF. Em um deles, Caboclo teria tentado forçá-la a comer um biscoito de cachorro e a chamado de “cadela”. Em outra ocasião, teria perguntado se ela se masturbava.
Caboclo, de acordo com a entidade, teria inventado relacionamentos amorosos dela com outras pessoas da confederação.
A comissão de ética pode recomendar que a denúncia seja enviada às autoridades policiais e judiciais. Esportivamente, ele pode ser banido do futebol.
Há denúncia de comportamento impróprio do dirigente, agora detalhado pela vítima como assédio moral e sexual, estourou há mais de um mês. Dirigentes de federações disseram à Folha que a funcionária tinha várias provas das atitudes do mandatário, inclusive fotos íntimas enviadas por ele.
Presidentes de entidades estaduais afirmaram também à reportagem que a situação de Caboclo pode se tornar insustentável e que o momento não poderia ser pior politicamente para o cartola, que tenta desmantelar uma revolta de jogadores que pode levar ao boicote da Copa América.
Ela foi contratada pela CBF em 2012, na administração de José Maria Marin e foi levada ao departamento de cerimonial pelo seu sucessor, Marco Polo Del Nero.
A CBF e Caboclo não se manifestaram até o momento sobre a denúncia.
Fonte: DOL