Preço da carne tem maior queda em 15 meses; picanha foi corte com maior redução

Carne pode fechar o ano com maior queda desde 1994 Nos últimos meses, houve avanços econômicos e sociais que demonstram a determinação

Preço da carne tem maior queda em 15 meses; picanha foi corte com maior redução
Os preços das carnes caíram 1,22% em fevereiro no Brasil, apontam dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É a maior baixa desses produtos no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desde novembro de 2021.

Ou seja, a nova queda é a mais intensa em 15 meses, o equivalente a mais de um ano. Em novembro de 2021, as carnes haviam recuado 1,38%.

Pedro Kislanov, gerente da pesquisa do IPCA, lembrou que os preços já vinham em uma trajetória de trégua após fortes altas na pandemia.

Segundo ele, a baixa em fevereiro deste ano pode ter sido intensificada pelo impacto inicial do embargo às exportações brasileiras para a China. A suspensão teria resultado em um aumento da oferta no mercado interno.

Os embarques para o país asiático foram paralisados a partir de 23 de fevereiro, após a confirmação de um caso de mal da vaca louca no Pará.

A variação do IPCA foi calculada a partir dos preços coletados no período de 28 de janeiro a 28 de fevereiro, segundo o IBGE.

“As carnes já vinham tendo uma redução, mas nesse mês foi mais pronunciada. Por isso, acho que tenha efeito da redução das exportações”, disse Kislanov. Preço da carne tem maior Preço da carne tem maior

A economista Luciana Rabelo, do Itaú Unibanco, faz avaliação semelhante. “Pode ter tido algum impacto [do embargo], mas é uma inflação que já vinha desacelerando”, afirmou.

O Ministério da Agricultura confirmou neste mês que o caso de vaca louca no Pará foi atípico, mais comum em bovinos mais velhos e sem riscos para a cadeia produtiva e consumidores.

Picanha tem maior queda
No IPCA, a variação das carnes reflete os preços de 18 subitens. Em fevereiro, a picanha foi o corte pesquisado com a maior queda (-2,63%). Em seguida, vieram fígado (-2,50%), alcatra (-2,50%), capa de filé (-2,37%) e costela (-2,28%).

A picanha, aliás, ocupou o centro de debates a partir da campanha eleitoral do ano passado. À época, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a dizer que o brasileiro deveria voltar a fazer churrasco e consumir esse corte, que tradicionalmente é um dos mais caros. (com informações Diário do Comercio)

 

AliançA FM

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