Politica Internacional: O que muda na União Europeia com o avanço da extrema direita
O avanço da extrema direita nas eleições para o Parlamento Europeu vai quase certamente levar à revisão de algumas políticas centrais da União Europeia.
Partidos ultranacionalistas e conservadores tiveram grande desempenho nos três mais importantes e poderosos países do bloco: Alemanha, França e Itália.
Na Alemanha, o país de maior população e maior economia do continente, o Alternativa para a Alemanha (AfD), partido de origem neonazista, conseguiu ficar em segundo lugar na disputa, à frente do Partido Social Democrata, do chanceler Olaf Scholz.
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Na França, o União Nacional, de Marine Le Pen, teve mais que o dobro de votos do partido Renascimento, do presidente Emmanuel Macron. A vitória foi tão importante que forçou Macron a dissolver a Assembleia Nacional e convocar eleições parlamentares –o que poderá levar Le Pen a outro grande triunfo, ampliando sua bancada no Parlamento francês.
Na Itália, o partido Fratelli D’Italia (Irmãos da Itália), da premiê ultraconservadora Giorgia Meloni, também venceu as eleições, deixando os oposicionistas para trás.
Mesmo associadas, essas legendas não terão maioria no Parlamento.
Mas os eleitores das três potências deram uma clara mensagem que não pode ser simplesmente ignorada. Isso vai forçar os líderes europeus, em Bruxelas, a repensar várias de suas posições.
Ministro do gabinete de guerra de Israel renuncia. Benny Gantz, adversário político do premiê Benjamin Netanyahu e que integrava um governo ampliado após o ataque do Hamas em outubro, já havia ameaçado sair se não houvesse um plano para o pós-guerra em Gaza. O pedido de demissão ocorreu um dia após uma operação do Exército que libertou quatro reféns israelenses em Nuiserat. Essa ofensiva em um campo de refugiados no centro da Faixa de Gaza matou 274 palestinos no sábado, segundo novo balanço do ministério da Saúde do Hamas. O The New Times afirma que autoridades militares americanas forneceram informações a Israel sobre a localização dos reféns resgatados.
Irã aprova seis candidatos para eleições presidenciais. O principal deles é Mohammed Bagher Qalibaf, atual presidente do parlamento e com fortes ligações com a Guarda Revolucionária. O ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad teve a candidatura barrada na disputa que ocorre em 28 de junho. Na tentativa de introduzir alguma concorrência fora do campo mais linha dura, as autoridades aprovaram Masoud Pezeshkian, um deputado reformista. As presidenciais foram antecipadas por causa da morte de Ebrahim Raisi em uma queda de helicóptero em maio.
Políticas de imigração
A imigração será certamente uma das áreas afetadas pela guinada direitista no continente.
Uma posição comum de todos esses partidos ultraconservadores é culpar os imigrantes por grandes males da Europa. Em alguns casos, declarações de políticos dessas legendas são claramente xenofóbicas.
A Europa, de fato, enfrenta um grande e desordenado influxo de imigrantes –o que ajuda o discurso ultranacionalista, contrário, em especial, a imigrantes da África e muçulmanos.
Bruxelas terá que rever suas políticas e adotar medidas mais duras para tentar organizar melhor o problema, o que ajudaria a reduzir o apelo da mensagem ultraconservadora na área.
Entre outras coisas, os países europeus precisam coordenar melhor suas ações para conter o fluxo ilegal de imigrantes e combater traficantes que são responsáveis pela perigosa travessia do Mediterrâneo em barcos superlotados, que muitas vezes levam a tragédias. Politica Internacional: O que
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