Policiais envolvidos na morte de Genivaldo estão presos

Policiais acusados da morte de Genivaldo estão presos

 

A Polícia Militar informou que William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento foram presos nesta sexta-feira (14) por suposto envolvimento na morte de Genivaldo Jesus Santos, em maio deste ano.
Os três fazem parte da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e deram entrada no Presídio Militar de Aracaju, em Sergipe, na tarde desta sexta. Os mandados de prisão foram cumpridos pela Polícia Federal pela manhã.

Na quinta-feira (13), a Justiça Federal em Sergipe decretou a prisão preventiva dos homens. Eles teriam participado da abordagem que resultou na morte de Genivaldo, no município de Umbaúba, em Sergipe.

Os três agentes da Polícia Rodoviária Federal envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos, durante uma abordagem em 25 de maio, na BR-101, no município de Umbaúba (SE), foram presos. A informação é da Justiça Federal de Sergipe, que decretou a prisão preventiva dos policiais ontem. Genivaldo foi morto por asfixia no porta-malas da viatura. O decreto foi feito pela 7ª Vara Federal em Sergipe – Subseção Judiciária de Estância. O magistrado titular, Rafael Soares Souza, proferiu decisão após representação do Ministério Público Federal no estado pela prisão dos réus e denúncia dos policiais pelos crimes de abuso de autoridade, tortura e homicídio qualificado.

Segundo as autoridades, a custódia cautelar tem o objetivo de “garantir a ordem pública e instrução do processo”. Também hoje, foram realizados o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal e a audiência de custódia, após a qual os réus seguiram para o complexo prisional.

A defesa dos acusados afirmou que teve acesso à decisão à tarde e entrará “com as medidas necessárias para combatê-la”.

Relembre o caso.

Genivaldo morreu após ficar 11 minutos e 27 segundos exposto a gases tóxicos e impedido de sair da viatura da PRF, segundo perícia feita pela PF.

Durante as investigações, os peritos atestaram que a concentração de monóxido de carbono foi pequena. Já a de ácido sulfídrico foi bem maior, e pode ter causado convulsões e incapacidade de respirar.

Segundo a perícia, o esforço físico intenso e o estresse causados pela abordagem policial resultaram numa respiração acelerada de Genivaldo. Isso pode ter potencializado ainda mais os efeitos tóxicos dos gases. A perícia afirmou ainda, que os gases causaram um colapso no pulmão da vítima.

AliançA FM

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