Polícia afirma que testemunhas desmentem suspeito de matar PM da Rota;
As testemunhas ouvidas após a morte de um motorista da Rota no Guarujá, litoral de São Paulo, desmentem a versão do acusado de ter cometido o crime, que alega inocência e o apontam como responsável pela segurança armada do tráfico na área onde os tiros ocorreram. Após o crime, uma operação policial continuada resultou em ao menos 16 mortes, 84 prisões e 400 kg de drogas apreendidas.
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As declarações das testemunhas
Após o crime, um homem afirmou ter visto Erickson David da Silva, conhecido como Deivinho, com uma pistola para fazer a segurança do ponto de venda de drogas. Conforme relatado na última segunda-feira (31) pela Polícia Civil, ele contou ter encontrado uma “pistola prateada, semelhante à verificada pouco antes na mão de Deivinho” em um córrego nos fundos de sua casa depois dos tiros.
Pouco antes da testemunha ser ouvida, uma arma de 9 mm foi encontrada escondida em uma sacola de plástico e apreendida após uma denúncia anônima. A arma foi enviada para a perícia para verificar se foi a mesma que foi usada para matar Patrick Bastos Reis, que fazia parte da tropa de elite do PM paulista. O resultado ainda é incerto.
A testemunha que prestou depoimento sob proteção afirmou ter visto Deivinho ao ir ao local para comprar drogas com uma pistola prateada. Os residentes e pessoas relacionadas ao tráfico local confirmaram que o suspeito estava armado no momento do crime e seria o responsável pela segurança. Um desses indivíduos é Mazaropi, preso por tráfico e suspeito de envolvimento na morte do soldado da Rota.
Deivinho gritou furiosamente “A Rota” e começou a atirar. Com medo, larguei as sacolas com drogas, tranquei a porta de casa e disse à minha mulher: “Deu m… O Deivinho atirou nos caras”. – Depoimento de Marco Antônio de Assis Silva, o Mazaropi, preso por tráfico e homicídio.
A Polícia Civil afirmou que a incriminação de Deivinho foi facilitada por uma nota fiscal encontrada em um croissant no local do assassinato. Para identificar uma pessoa suspeita de cometer um crime, os investigadores visitaram a loja usando as câmeras de segurança instaladas lá. Eles também confirmaram o envolvimento dele no crime.
De acordo com a Polícia Civil, o local onde ocorreram os disparos foi preparado para defesa, semelhante a “bunkers” de guerra. A área tinha visão privilegiada devido às inscrições em referência ao PCC, o que permitiu verificar os seus principais acessos. Ainda segundo a investigação, o edifício foi construído com alvenaria e suas paredes são espessas, o que o torna capaz de resistir a novos ataques.
Qual é a declaração do suspeito?
Deivinho, que tem antecedentes criminais por roubo, negou ter participado do tráfico de drogas e do assassinato do PM da Rota. Em depoimento prestado no último domingo (30), afirmou ter ido a uma loja de drogas apenas para comprar maconha e contou ter ouvido tiros.
O suspeito disse que o traficante de drogas conhecido como Mazaropi, que também está preso, foi a pessoa que disparou. Em seguida, informou à polícia que voltou para casa e buscou abrigo em uma favela no Guarujá com parentes porque ficou “com medo do que pudesse ocorrer, já que várias viaturas foram para o morro”.
Posteriormente, continuou viajando para São Paulo. No domingo, 30, ele optou por se apresentar à Polícia Civil. O advogado que representa Deivinho, mas o número não estava disponível.
Embora não tenha feito a segurança armada no ponto de venda de drogas, reconheceu que trabalhou como “olheiro do tráfico” no local de 2016 a 2020. No entanto, afirmou que continuou indo ao local para comprar maconha.
AliançA FM