A morte do Sol pode não significar o fim do Sistema Solar. É o que sugere um estudo publicado na revista científica Nature, ao identificar um planeta gigante orbitando uma anã branca, uma estrela escura e densa que antes se parecia com o Sol.
Anã branca é o nome dado ao estágio final da vida de uma estrela, após a queima de todo o hidrogênio que possui.
Esse processo evolutivo também inclui a transformação da estrela em gigante vermelha, quando o hidrogênio presente em seu núcleo se esgota e a suas camadas exteriores se expandem. Trata-se de uma fase violenta de liberação de energia que consome todos os planetas que estão ao seu redor.
A descoberta aponta para caminhos positivos para todo o Sistema Solar após a morte do Sol, o que deve acontecer em 5 bilhões de anos. Até então, estudos anteriores haviam localizado apenas destroços de planetas orbitando anãs brancas.
A investigação reuniu pesquisadores da Universidade da Tasmânia, na Austrália, a Universidade de Sorbonne, na França e o Laboratório de Exoplanetas e Astrofísica Estelar da Nasa, dos Estados Unidos.
O planeta, localizado cerca de 6.500 anos-luz da Terra, possui uma atmosfera gasosa semelhante a Júpiter e está a uma distância de 2,8 unidades astronômicas (U.A) da anã branca. Uma U.A é a distância entre a Terra e o Sol, ou 148 milhões de quilômetros.
A distância relativamente próxima entre o planeta e a anã branca também foi um novo dado. Até então, os pesquisadores acreditavam que planetas gasosos precisassem estar muito mais longe para sobreviver ao processo evolutivo de uma gigante vermelha.
Os planetas encontrados próximos às anãs brancas são gigantes, o que poderia justificar a sua sobrevivência diante do fenômeno. Contudo, os pesquisadores não descartam a existência de outros tipos de planetas próximos a essas estrelas.
AliançA FM
Com informações do site g1