Petrobras: troca de comando pode deixar a gasolina mais barata?

Petrobras: troca de comando pode deixar a gasolina mais barata?

 Jair Bolsonaro trocou, novamente, o presidente da Petrobras. Sai o general da reserva Joaquim Silva e Luna, entra o economista Adriano Pires.

A reação relativamente branda do mercado mostra que os investidores já estavam esperando a troca. Rumores da substituição circularam ao longo do dia. Quando a troca foi confirmada, as ações caíram 4,1% para a mínima de R$ 30,98. Porém, elas se recuperaram em seguida. Fechara a R$ 31,60, o que reduziu a queda para 2,17%.

Adriano Pires o presidente indicado é um conhecedor profundo do setor de energia. É graduado em Economia, com mestrado em Planejamento Energético e doutorado em Economia Industrial pela Universidade de Paris XIII. Fundou a consultoria Centro Brasileiro de InfraEstrutura (CBIE), coordenando projetos e estudos para a indústria de gás natural, a política nacional de combustíveis, o mercado de derivados de petróleo e gás natural.

A substituição do comando da estatal por um nome que defende os mesmos preceitos da atual gestão indica que o movimento se deu mais por razões políticas do que econômicas, diz o economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito.

O general da reserva assumiu a presidência em abril do ano passado no lugar de Roberto Castello Branco, demitido em fevereiro também em meio uma crise aberta com o governo federal por reajustes nos combustíveis.

“A troca no comando da Petrobras é mais um ato simbólico que qualquer outra coisa, em pleno ano eleitoral o presidente Bolsonaro pretende dar uma resposta à sociedade, mas nem Luna e muito provavelmente nem Pires irão mudar a política de preços da empresa”, afirma o especialista.

Sob o pouco menos de um ano de gestão de Silva e Luna, a estatal elevou o preço do litro da gasolina nas refinarias de R$ 2,64 para R$ 3,86 — reajuste de 46%. Já o litro do diesel passou de R$ 2,77 para R$ 4,51 — encarecimento de 63%. “Qualquer iniciativa em reduzir o impacto aos consumidores de maneira mais generalizada teria que vir do Ministério da Economia na forma de subsídios, mas este não parece ser um plano desejado pelo ministro e equipe.”

AliançA FM

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