Desde setembro do ano passado, o rei do futebol, ex-jogador Pelé, 82 anos, estava tratando um câncer de cólon. Porém, no início de deste ano, entretanto, o quadro de saúde dele mudou e após alguns exames, foram diagnosticadas metástases no intestino, fígado e pulmão.
Os cuidados paliativos visam oferecer conforto, qualidade de vida e aliviar o sofrimento de um paciente com uma doença incurável. As medidas vão depender dos sintomas e do prognóstico quanto tempo de sobrevida é esperado para o paciente.
O tratamento paliativo atua tanto no estado de saúde do enfermo, quanto na orientação junto a a família do paciente, com o objetivo de aliviar e amenizar possíveis focos de aflição e garantir o mínimo de bem-estar, dignidade, autonomia e independência neste momento de saúde do paciente.
Segundo Michelle Andreatta, esse é um momento em que o paciente pode, inclusive, fazer um “testamento vital” indicando formas e procedimentos que não gostaria que fossem adotados. “Existem pacientes que preferem não ser sedados”, conta.
Os tratamentos paliativos geralmente são associados ao câncer, mas podem incluir outras doenças, como as cardiovasculares, anormalidades congênitas, Aids e demências.
Princípios básicos dos cuidados paliativos:
Promover o alívio da dor e de outros sintomas;
Não acelerar nem adiar a morte;
Oferecer suporte para que o paciente viva tão ativamente quanto possível
Ser iniciado o quanto antes, junto de outras medidas para prolongar a vida.
Afirmar a vida e considerar a morte como um processo natural;
Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao paciente;
Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso de vida;
Auxiliar os familiares durante a doença do paciente e a enfrentar o luto.
A equipe de cuidados paliativos é composta por diversos profissionais que controlam os sintomas.
Do corpo (médicos e enfermeiros);
Da mente (psicólogos e psiquiatras);
Espirituais (padre, pastor, rabino, entre outros);
Sociais (assistentes sociais).
O que não são cuidados paliativos?
Em relação a dúvidas dos cuidados paliativos, quando bem feitos e conduzidos, não têm nada a ver com eutanásia, ou com deixar o paciente morrer sem oferecer a ele o melhor tratamento.
Eles envolvem, na verdade, discutir os tratamentos disponíveis para aquele caso e pensar, seguindo a evidência científica, as opções terapêuticas que não vão funcionar e podem até aumentar o sofrimento.
O tratamento paliativo busca tentam trazer alívio em todas as fases da doença e podem ser empregados em paralelo à terapia padrão junto ao paciente.
AliançA FM