Argentinos foram às ruas de Buenos Aires nesta 3ª feira (20.dez.2022) para receber a seleção nacional de futebol, que se sagrou tricampeã mundial no Qatar. No domingo (18.dez), os alvicelestes venceram a equipe da França por 4 a 2 nos pênaltis e encerraram um jejum de 36 anos sem título de Copa do Mundo.
Os jogadores percorreram cerca de 20 km de ônibus até o Obelisco de Buenos Aires, monumento da capital que concentra grande parte das comemorações pelo título. Por questões de segurança, os atletas e a comissão técnica terminaram o trajeto de helicóptero. Segundo estimativa da polícia argentina, 3,5 milhões de pessoas estiveram presentes.
“Para mim, só de vê-los passar já é muito. Se Messi olhar nos nossos olhos, para a câmera, já está bom. Depois de tanto sofrimento, já se consagraram”, comemorou Valentín Pino, de 19 anos, à AFP.
“Bom dia”
“Bom dia”, escreveu o capitão Messi em uma publicação em suas redes sociais com uma foto na cama abraçado à Copa do Mundo, como uma criança e seu brinquedo favorito.
Com a taça na mão e um enorme sorriso, o craque argentino desceu as escadas do avião no desembarque da delegação por volta das 2h40 da manhã (de Brasília) e acenou para a multidão que estava esperando em vigília pela seleção.
As autoridades desdobraram um esquema de segurança com desvios de trânsito e postos policiais para evitar incidentes ao longo do percurso. Entre tambores, bandeiras e camisas com o número 10 de Messi, famílias inteiras passaram a noite procurando o melhor lugar para acompanhar a passagem de seus ídolos, mesmo que brevemente.
No centro da capital há muitas pessoas que vieram de outras cidades, tão distantes como Bariloche (na Patagônia, ao sul), ou de Rosário, terra de Messi e Ángel Di María, e dos municípios da periferia de Buenos Aires.
“O povo argentino ama o futebol, e não ganhávamos o Mundial há algum tempo. Esta nova geração veio com muita força. Tive a sorte de ver Maradona jogar, eu era muito pequeno quando ele ganhou o título de 1986. Isto é um grande prêmio para o povo argentino, que merecia. Esta seleção está muito unida ao povo argentino”, disse Luciano Peralta, um comerciante de 41 anos de Rosário.
AliançA FM