Paciente vindo dos EUA é internado com Covid-19 em Belém e é caso suspeito da variante delta

Pará investiga casos suspeitos da variante delta do coronavírus. — Foto: Jose Fernando Ogura/AEN
Pará investiga casos suspeitos da variante delta do coronavírus. — Foto: Jose Fernando Ogura/AEN

Duas pessoas com Covid-19, que chegaram dos Estados Unidos a Belém, realizaram exames para identificar se houve a possível contaminação pela variante delta do novo coronavírus.

Um dos pacientes é norte-americano e está internado em um hospital particular da capital. Ele começou a apresentar sintomas da Covid-19 quatro dias depois de chegar de viagem. O caso evoluiu e precisou de internação.

A esposa do paciente apresentou sintomas leves e foi orientada a permanecer em isolamento. Os dois tiveram contato com outras pessoas no Pará.

Os casos foram identificados no dia 27 de julho. Dois dias depois, o G1 havia solicitado informações sobre casos suspeitos da nova variante, mas a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) havia dito que não tinha registros de casos suspeitos nem de confirmados.

Nesta sexta, a secretaria informou que foi feita coleta de exames e encaminhada a laboratório específico, que realiza o sequenciamento genético. O resultado ainda é esperado.

O diretor de vigilância à saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), em Belém, Cláudio Salgado, informou que as duas pessoas não tomaram a vacina contra a Covid-19. Os dois pacientes circularam e fizeram contato com outras pessoas.

Surgimento de variantes do coronavírus preocupa autoridades da saúde em Belém

“Fomos informados ainda no dia 27 de julho, à noite, que um paciente vindo dos EUA estava internado em hospital particular, com Covid. O hospital fez exames e imediatamente enviamos até o hospital uma equipe da Sesma, ainda na mesma noite, para coletar material e seguir com os exames necessários”, explica.

Ainda de acordo com Salgado, o processo de identificação tem duas frentes. Uma parte dos exames foi enviada para cientistas da Universidade Federal do Pará (UFPA) e outra para o Laboratório Central, vinculado à Sespa, que encaminha as amostras para laboratório em outro estado.

“É importante sabermos se a variante é a delta, que hoje já circula muito nos EUA, e inclusive fez com que muitos estados voltassem a usar máscaras. Precisamos saber disso e esperando essa resposta”, afirmou.

Uma investigação foi iniciada a partir das pessoas que entraram em contato com o casal, desde quem estava no mesmo voo internacional e depois no voo nacional, de São Paulo a Belém. As informações foram solicitadas pela Sesma à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Navio

A Sesma também foi notificada sobre um navio, saído do Maranhão, que ancorou em Icoaraci com 26 tripulantes, entre elas pessoas com sintomas de Covid-19. Duas delas tiveram resultado de exame positivo para a variante sul africana do coronavírus, sendo um haitiano e um filipino.

“Você vê a importância de pegar o processo no início. No caso do paciente que chegou dos EUA, ele entrou por um aeroporto internacional em São Paulo, e se tivesse sido feito a testagem lá, poderia talvez ter identificado o caso ainda antes de ter em Belém, onde ainda não tem comunitária da variante”, explica Cláudio Salgado.

Ele diz ainda que, no caso do navio, a Sesma foi informada pelo comandante do navio sobre as pessoas possivelmente contaminadas. “Mandamos equipe para dentro do navio, coletamos material, e quatro estavam com Covid-19. Nesse caso conseguimos bloquear, a partir do momento que ainda estavam no navio”, afirmou.

Fonte: G1

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