Os programas sociais podem impactar nas contas públicas?; Com o orçamento apertado. Em 2023, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, pode enfrentar dificuldades para cumprir as promessas que fez no campo social. A PEC da Transição contempla o novo Bolsa Família, mas pode faltar dinheiro para outros programas sociais e promessas de campanha, como lembra o diretor executivo da Associação Contas Abertas, Gil Castello Branco.
“E tudo tem que ser discutido dentro das prioridades orçamentárias, porque, caso contrário, as consequências desse ganho, ela acaba sendo rapidamente absorvida. E, como eu digo, a irresponsabilidade fiscal tem perna curta, não é? Quer dizer, ela gera insegurança sobre a situação, porque a maneira de pagar isso se não há orçamento, a maneira de pagar, isso é com o endividamento. Não tem outra forma, não é? Então cresce o endividamento, cresce a preocupação dos agentes econômicos que o país está tendo um endividamento crescente e preocupante. Com essa preocupação, qual fuga para o dólar, com a fuga para o dólar, o governo aumenta os juros, aumenta os juros, aumenta a inflação.”
O economista Gil Castelo Branco ressalta que é preciso uma discussão ampla sobre a origem dos recursos para bancar essas promessas e alerta para as consequências da irresponsabilidade fiscal.
“Aquela história do benefício às crianças zerar a fila do SUS, a poupança mais educação que foi proposta pela Simone Tebet a correção do salário mínimo, correção da tabela do imposto de renda, quer dizer, reajuste dos servidores. Então ainda não se sabe exatamente como isso tudo vai ficar dentro do próprio orçamento que está sendo discutido no Congresso né.”
Outros economistas ouvidos pela reportagem analisam que muitas promessas, a começar pela isenção do imposto de renda para quem ganha até 5.000 R$, não deve acontecer no primeiro ano de mandato, assim como a criação de uma poupança para jovens que terminarem o ensino médio. (Com informações Agência A Rádio Web de Brasília Rafael Silva)
AliançA FM