Agora cabe ao presidente do Senado decidir se instaura ou não a CPI
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) conseguiu nesta quinta-feira (4) reunir a quantidade de assinaturas suficientes para protocolar um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a gestão do governo de Jair Bolsonaro no combate à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
O documento foi firmado por 31 senadores, acima do número mínimo de 27 assinaturas exigidas para protocolar o pedido. Entre os partidos que apoiam a CPI estão o PT, PSB, Podemos, PSDB, PDT, PSD e MDB.
O requerimento foi registrado nesta manhã e agora cabe ao novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), decidir se instaura ou não a comissão.
Um dos principais motivos para a abertura do inquérito alegado pelo grupo de parlamentares está a falta de controle da crise sanitária, tendo em vista que o Brasil é o segundo país mais atingido pela Covid-19.
Além disso, Randolfe ressalta que o governo federal está violando direitos fundamentais básicos e tem dado “péssimo exemplo”. Para ele, Bolsonaro também não segue, “de maneira irresponsável”, os protocolos de saúde das principais organizações de saúde, como o uso obrigatório de máscara e o distanciamento social.
“O governo Bolsonaro parece ter optado por lavar as mãos e se omitir, incentivando até mesmo tratamentos sem nenhuma evidência científica, além de atrapalhar os esforços de prefeitos e governadores”, acrescenta o texto.
Por fim, os senadores alegam que a administração do presidente atrasou o processo de compras de vacinas anti-Covid, além de desacreditar na eficácia dos imunizantes em decorrência de uma briga política e ideológica.
“Foi preciso mais uma vez a intervenção do STF para obrigar o Governo a elaborar um Plano de Vacinação Nacional”, diz o grupo, que ainda lembrou o colapso da Saúde em cidades como Manaus.
Até o momento, o Brasil contabiliza 227,5 mil mortes e 9,3 milhões de casos provocados pelo novo coronavírus Sars-CoV-2, de acordo com levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
Fonte: Terra