OIT: estima 50 milhões de vitimas da escravidão

OIT: estima 50 milhões de vitimas da escravidão

A OIT (Organização Internacional do Trabalho) estima que 50 milhões de pessoas são vítimas de condições de trabalho análogas à escravidão. Os dados estão sendo publicado nesta segunda-feira (12), aponta que dentre essas 50 milhões de pessoas, 28 milhões realizavam trabalhos forçados e 22 milhões estavam presas em casamentos forçados.

A partir de 2016, 10 milhões de pessoas extras foram colocadas nesta situação, principalmente entre 2020 e 2021. A crise sanitária abriu uma turbulência social inédita em dezenas de sociedades, ampliando a dependência de trabalhadores e aprofundando a exploração.

O número de pessoas em situação de escravidão moderna aumentou consideravelmente nos últimos cinco anos. No ano passado, 10 milhões de pessoas a mais estavam em situação de escravidão moderna em comparação com as estimativas globais de 2016. Mulheres e crianças continuam sendo desproporcionalmente vulneráveis.

A escravidão moderna está presente em quase todos os países do mundo e atravessa fronteiras étnicas, culturais e religiosas. Mais da metade (52%) de todos os casos de trabalho forçado e um quarto de todos os casamentos forçados ocorrem em países de rendas média alta ou alta.

Segundo a OIT, 65% dos casamentos forçados ocorrem na Ásia. Nos países árabes, quase cinco pessoas de cada mil são vítimas dessa situação.

A maioria dos casos de trabalho forçado (86%) ocorre no setor privado. O trabalho forçado em outros setores que não o da exploração sexual comercial representa 63% de todo o trabalho forçado, enquanto a exploração sexual comercial forçada representa 23% de todo o trabalho forçado. Quase quatro em cada cinco vítimas de exploração sexual comercial forçada são mulheres ou meninas.

O diretor-geral da OIT, António Vitorino, afirmou: “Este relatório destaca a urgência de garantir que toda a migração seja segura, ordenada e regular. A redução da vulnerabilidade das pessoas migrantes ao trabalho forçado e ao tráfico de pessoas depende, em primeiro lugar, de estruturas políticas e jurídicas que respeitem, protejam e cumpram com os direitos humanos e as liberdades fundamentais de todos os migrantes – e potenciais migrantes – em todas as fases do processo de migração, independentemente de seu status de migração. Toda a sociedade deve trabalhar junta para reverter essas tendências chocantes, inclusive por meio da implementação do Pacto Global sobre Migração”

ESCRAVIDÃO NO BRASIL

A escravidão no Brasil foi implantada no início do século XVI.

Em 1535 chegou a Salvador (BA), o primeiro navio com negros escravizados. Este ano é o marco do início da escravidão no Brasil que só terminaria 353 anos depois em 13 de maio de 1888, com a Lei Áurea.

 

AliançA FM

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