No ano em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) disputa a reeleição e convoca manifestações a favor de sua candidatura, o governo federal prevê gastar cerca de R$ 3,3 milhões no desfile de 7 de Setembro em Brasília, de acordo com o Ministério das Comunicações. É o primeiro grande ato federal após o fim das medidas de restrição provocadas pela pandemia de Covid-19.
O extrato do contrato fechado para o desfile deste ano foi publicado em julho no Diário Oficial da União (DOU) pelo Ministério das Comunicações. Esse valor refere-se à contratação de empresa especializada na organização e montagem da estrutura física do evento, realizado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF).
No edital de licitação, publicado em junho deste ano, o valor de referência da contratação estava estimado em R$ 3,7 milhões, o que significa que esse era o teto que o governo estava disposto a pagar para a organização do evento.
Antes da crise de saúde provocada pelo coronavírus, em 2019, a cerimônia custou R$ 971 mil. O orçamento atual é 3,4 vezes maior do que o de três anos atrás. Aquela foi a última vez que a solenidade ocorreu na capital.
O governo argumenta que o novo preço, usando como base outras comemorações correlatas e atribuiu mais suntuosidade ao fato de o país estar comemorando os 200 anos de Independência.
A estrutura do ato na Esplanada dos Ministérios começou a ser montada. A Secretaria de Comunicação Social espera que o serviço seja concluído até o fim de semana.
Bolsonaro não deve fazer discurso durante o desfile de 7 de Setembro em Brasília. Ele chegará ao local do evento no Rolls Royce presidencial. Depois dará autorização ao Comandante Militar do Planalto, general de Divisão Gustavo Henrique Dutra de Menezes, para que o desfile seja iniciado.
Já confirmaram presença no ato ao menos dois chefes de Estado: os presidentes de Guiné Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e de Cabo Verde, José Maria Neves. Ainda há a expectativa de presença do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. Todos os mandatários de países de língua portuguesa foram convidados.
Desta vez, as arquibancadas terão capacidade para 20 mil pessoas. Haverá ainda espaço para outras 10 mil pessoas circularem ao longo de três quilômetros de pista por onde o desfile vai passar.
Ao todo, quase 6.000 militares devem participar da parada, marcada para começar às 8h30. Destaque para três tropas: os Dragões da Independência, que estavam ao lado de Dom Pedro I no ato que ficou conhecimento como “Grito do Ipiranga”.
Viaturas da Força Terrestre, como o Guarani e o Astros –usados no disparo de mísseis e foguetes– também serão apresentados ao públicos.
AliançA FM