O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, 30, em discurso transmitido na Cúpula da Biodiversidade da Organização das Nações Unidas (ONU), que rechaça “de forma veemente” o que chamou de “cobiça internacional” sobre a Amazônia brasileira. Ele prometeu também “defender” a região de “ações e narrativas que agridam os interesses nacionais”. No pronunciamento, Bolsonaro repetiu termos que já haviam aparecido na sua reação a uma declaração do candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, como “cobiça” e “soberania”. Em debate com o presidente Donald Trump na noite de ontem, Biden disse que, se eleito, iria reunir países e doar US$ 20 bilhões para a proteção da região amazônica. Sem mencionar o governo brasileiro, acrescentou que, se a destruição do bioma continuasse, haveria “consequências econômicas significativas”.
“Na Amazônia, lançamos a Operação Verde Brasil 2, que logrou reverter, até agora, a tendência de aumento da área desmatada observada nos anos anteriores”, disse Bolsonaro na cúpula da ONU, sem detalhar a medida usada para embasar sua afirmação. Em agosto de 2020, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) detectou 1.499 km² de desmatamento na Amazônia Legal, alta de 68% em relação a agosto de 2019. “Vamos dar continuidade a essa operação para intensificar ainda mais o combate a esses problemas que favorecem as organizações que, associadas a algumas ONGs, comandam os crimes ambientais no Brasil e no exterior”, acrescentou o mandatário.