Para erradicar a violência a mulheres em conflito é preciso mais que políticas acertadas, é necessário incluir as mulheres no processo de avaliação e decisão.
A declaração é da capitã de corveta da Marinha Brasileira, Márcia Andrade Braga. Boina-azul da ONU, ela recebeu em 2019 o Prêmio Defensora Militar da Igualdade de Gênero, quando servia à Missão de Paz das Nações Unidas na República Centro-Africana, Minusca.
Linha de frente
Márcia Braga, que atuou como assessora de proteção e gênero na missão africana, conhece a situação de mulheres, vítimas da violência em conflitos e guerras, de perto. Ela falou com a ONU News sobre o que viu na África e sobre como a presença feminina faz a diferença na hora de buscar soluções.
“Mas eu acho que essa preocupação em incluir mulheres neste processo, não só na parte que, muitas vezes, é apresentada como vítimas, mas principalmente como parte da solução. Então incluindo neste processo de discussão, incluindo no caso das operações de paz, ali nas posições de linha de frente. Realmente interagindo, entendendo e prevenindo tais casos. Essa inclusão é também importante nos níveis de liderança: termos mulheres ali em posições de liderança, de entender a problemática sob diferentes perspectivas.”
Márcia Braga falou à ONU News para marcar a campanha sobre os 16 Dias de Ativismo contra a Violência a Mulheres, que termina neste 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos.
AliançA FM
Com informações de ONU News