MS decreta crise sanitária e humanitária na terra indígena Yanomami; O Ministério da Saúde deverá decretar crise sanitária e humanitária na terra indígena Yanomami, em Roraima. Segundo a pasta, há quadros de desnutrição severa e malária nas crianças que vivem na maior reserva do país.
O médico tropicalista André Siqueira, do Instituto Nacional de Infectologia da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), estava em terras yanomami desde segunda-feira (16/1). Nos últimos dias, ele diz ter testemunhado “a pior situação de saúde e humanitária” que já viu.
Enviado ao local pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas-OMS), o especialista em malária visitou o polo-base de Surucucu, em Roraima, e passou por outras comunidades da região.
Em decorrência do adoecimento de crianças, o governo federal deverá indicar estado de calamidade pública.
Equipes da Saúde estão na terra Yanomami e resgataram até o momento oito crianças em estado grave. Os pacientes foram encaminhados para a capital de Roraima, Boa Vista. De acordo com a pasta, aproximadamente 570 menores de idades morreram em decorrência do mercúrio e desnutrição.
Além da precarização da saúde, o povo Yanomami é vítima do avanço do garimpo ilegal responsável pela contaminação dos rios por mercúrio, liberado pela exploração de ouro nas proximidades das aldeias.
Viagem de Lula para terra Yanomami
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou nesta sexta-feira (20/1) uma ação emergencial para intervenção na crise humanitária na terra Yanomami. A ação será conduzida pela ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara (PSol), em conjunto com a Fundação Nacional do Povos Indígenas (Funai) e a Secretaria Especial de Saúde Indigena (Sesai). MS
A viagem de Lula para Roraima contará também com o apoio do Ministério da Saúde, Ministério da Justiça, Ministério do Planejamento e Orçamento e do Ministério de Desenvolvimento Social, Assistência, Família e Combate à Fome.
Dados recentes do Ministério da Saúde apontam que cerca de 570 crianças do povo Yanomami foram mortas pela contaminação por mercúrio, desnutrição e fome, devido ao impacto das atividades de garimpo ilegal na região.
AliançA FM