Morre em Belo Horizonte Guilherme de Pádua, assassino da filha de Gloria Perez

Morre em Belo Horizonte Guilherme de Pádua, assassino da filha de Gloria Perez

 

Assassino confesso da atriz Daniella Perez, o ex-ator morreu de infarto; informação foi confirmada pela Igreja Batista da Lagoinha. O pastor Guilherme de Pádua, assassino confesso da atriz Daniella Perez, morreu, neste domingo (6), vítima de infarto, em Belo Horizonte. A informação foi confirmada pela Igreja Batista da Lagoinha, onde o ex-ator compunha o time pastoral desde 2017.

“Com imenso pesar, a Igreja Batista da Lagoinha informa a morte do pastor Guilherme de Pádua, que nos deixou na noite deste domingo (6) após sofrer um infarto na residência que morar em Belo Horizonte”, informou o comunicado.

De acordo com a publicação, Pádua liderava o Ministério Recomeço, que atua dentro e fora dos presídios da capital mineira e região metropolitana. Antes disso, ele foi acolhido como ovelha e servia como voluntário nas mais diversas áreas, sempre lidando com os desprezados e marginlizados.

“A Igreja Batista da Lagoinha, desde o momento da conversão de Guilherme, abriu suas portas para ser, também, a sua casa. Guilherme pagou à justiça o que ela lhe impôs, como cremos que deve acontecer, e nós, como corpo de Cristo, nos posicionamentos para sermos para ele e tantos outros já conenados por crime diversos, aquilo que a Bíblia nos instrui: o lugar da nova chance que apenas Jesus pode dar ao que se arrepende”.

A informação foi revelada inicialmente pelo pastor-presidente da Igreja Batista da Lagoinha Márcio Valadão em uma publicação, posteriormente apagada, no Instagram.

“Agora, poucos minutos antes das 22h, eu recebi o telefonema de uma irmã falando de um dos nossos pastores que acabou de falecer. Aquilo foi para mim um impacto muito grande. Porque hoje, às 10 horas de manhã eu estava dirigindo o culto e ele estava ali, no primeiro banco, com a esposa”, explicou Valadão.

“Mas, agora, quando estava lá embaixo para subir para fazer a live, chegou a notícia. Ele dentro de casa, agora, caiu e morreu. Morreu agora”, continuou.

Assassinato de Daniella Perez

Em 1992, um crime brutal chocou o Brasil. Daniella Perez, de 22 anos, filha da dramaturga Gloria Perez, foi assassinada a punhaladas no dia 28 de dezembro pelo ator Guilherme de Pádua e sua cúmplice, Paula Thomaz, que estava grávida dele na época.

Guilherme encontrou Daniella na saída do estúdio em que eles gravavam a novela. Ele seguiu a atriz junto com Paula Thomaz, então esposa do ator, que estava escondida no banco de trás do carro. Quando Daniella parou em um posto de gasolina, sofreu uma emboscada: Guilherme deu um soco na artista, que caiu desacordada. A atriz foi colocada no banco de trás do carro do ator, agora com Paula no volante. Dirigindo o veículo de Daniella, Guilherme conduziu até um terreno baldio na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Uma vez no local, o casal apunhalou Daniella Perez mais de 18 vezes. Segundo relatório da perícia, o pulmão, o coração e o pescoço foram atingidos. 

Julgamento

Uma testemunha estranhou ver dois carros parados no terreno baldio e, por precaução, anotou a placa dos veículos e avisou a polícia de que algo poderia estar acontecendo no local. As autoridades seguiram a denúncia e encontraram o carro de Daniella. Ao andar um pouco pelo lugar, um policial encontrou o corpo da atriz.

Em pouco tempo a polícia chegou até o veículo de Guilherme. Na ocasião, o ator adulterou uma letra da placa, mas foi encontrado mesmo assim.

Inicialmente, o assassino negava o crime. Ele foi encaminhado à delegacia no dia 29 de dezembro. Depois que as provas foram apresentadas, Guilherme de Pádua admitiu a culpa. Ao analisar o caso, a polícia entendeu que Paula também estava envolvida e, no dia 31 do mesmo mês, a prisão dos dois foi decretada. O julgamento aconteceu cinco anos depois e ambos foram condenados por homicídio qualificado por motivo torpe, com impossibilidade da defesa da vítima. Guilherme foi condenado a 19 anos, e Paula, a 18 anos e seis meses.

Em maio de 1993, Paula deu à luz Felipe, enquanto estava presa. Ela e o ator se separaram pouco tempo depois, em decorrência das diferentes versões apresentadas como defesa. Na maior parte delas, ele responsabilizava a então esposa pelo crime.

Com apenas sete anos de prisão, os dois foram colocados em liberdade condicional.

 

AliançA FM

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