Menor desemprego e programa Desenrola reduzem endividamento

Menor desemprego e programa Desenrola reduzem endividamento Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

Menor desemprego e programa Desenrola reduzem endividamento Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

Menor desemprego e programa Desenrola reduzem endividamento

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a proporção de brasileiros endividados e inadimplentes diminuiu como resultado de melhorias no mercado de trabalho, com maior geração de empregos (100 milhões de brasileiros agora têm emprego) e incentivos ao pagamento de dívidas pelo programa Desenrola Brasil.

O índice de inadimplência das famílias em novembro deste ano ficou em 29%. Isso é o menor nível desde junho de 2022. A queda é de 0,7% em relação a outubro, quando a taxa era de 29,7%.

O número de pessoas que relataram não ter condições de pagar dívidas de meses anteriores caiu para 12,5%, enquanto era 13% em outubro. Ainda assim, é maior do que 10,9% em novembro do ano passado. Felipe Tavares, economista-chefe da CNC e responsável pela pesquisa, afirma que a queda, embora pequena, traz um indício significativo da eficácia do programa Desenrola.

O endividamento caiu pelo quinto mês consecutivo; em novembro, foi menos 0,5% em relação a outubro. Hoje, cerca de 76,6% das famílias têm dívidas em cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa. A queda foi de 2,3% em comparação com novembro do ano anterior. Naquele momento, 78,9% das famílias estavam endividadas.

A sensação de melhora nas condições econômicas do país, segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, pode estar por trás da queda. “O progresso do mercado de trabalho, mesmo em menor escala, com a maior contratação esperada neste período de fim de ano, vem favorecendo os orçamentos domésticos, indicando que menos pessoas estão recorrendo ao crédito, pois estão conseguindo arcar com as dívidas correntes”, comentou.

Endividamento por estrato social

Dentro do número geral de endividados, que apresentou queda, a faixa de renda média, entre cinco e dez salários mínimos, fez movimento contrário e teve alta do volume de pessoas endividadas, voltando aos níveis observados em novembro de 2022. Ainda assim, boa parte desses consumidores (35%) se considera “pouco endividada”. O grupo registrou também a quarta elevação seguida de dívidas em atraso, chegando a 24,2%, o mais alto nível da série.

O maior percentual de dívidas em atraso (36,6%) ficou com os consumidores de baixa renda, com até três salários mínimos. Conforme o economista, esses consumidores são os que têm maior probabilidade de não conseguir arcar com essas dívidas, representando 17,2%. “Agravando a situação de inadimplência, esses consumidores têm uma alta dependência de dívidas, comprometendo 31,9% de sua renda”, completou.

Os endividados ainda usam mais cartão de crédito, atingindo 87,7% do total. Isso é um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano passado, quando o número de devedores estava em 86,4%.

Além disso, houve avanços de 0,5 ponto percentual (p.p.) no financiamento consignado e de 0,4 ponto percentual no financiamento imobiliário. A representatividade das outras modalidades na carteira de crédito dos clientes diminuiu.

Gênero

A pesquisa mostrou ainda que embora a proporção de consumidores endividados em 1 ano tenha reduzido nos dois grupos de gênero, entre as mulheres o recuo foi mais expressivo, de 3,4 p.p., em relação aos homens, de 1,5p.p.

O total de mulheres endividadas permaneceu com a tendência de queda na comparação ao mês de outubro. Em comportamento diferente, o endividamento entre os homens teve pequeno aumento, de 0,4 p.p.. As mulheres são também as que mais relataram dificuldades de quitar todas as dívidas em dia. Elas alcançaram 30,1%, enquanto os homens chegaram a 28%.

 

AliançA FM

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