O câncer de próstata é o tipo mais comum de câncer entre a população masculina, representando 29% dos diagnósticos da doença no País. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam para 65.840 novos casos de câncer de próstata a cada ano, entre 2020 e 2022. Homens com mais de 55 anos, com excesso de peso e obesidade, estão mais propensos à doença.
Outro ponto em relação à saúde do homem envolve o câncer de pênis que, em alguns casos, resulta na amputação do órgão. A estimativa do INCA é que ocorram 1.130 novos casos da doença neste ano. Os principais fatores de risco são higiene íntima inadequada e infecção por HIV.
O Ministério da Saúde também está reforçando os cuidados para o câncer de boca. Na população masculina, esse câncer é o quinto tipo mais incidente. Tabagismo, consumo excessivo de álcool, exposição solar sem proteção, infecção pelo vírus HPV e imunossupressão estão entre os fatores de risco para a doença, que normalmente acomete homens com mais de 40 anos. De acordo com o INCA, a estimativa para o triênio 2020 a 2022 é de 11.180 novos casos a cada ano.
Só no Brasil, de acordo com o Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, entre os anos de 2019 a 2021 foram registradas mais de 47 mil mortes por conta do câncer de próstata. O estudo ainda informa, que em 2021 obteve 44 óbitos por dia por conta da doença, que totaliza 16.055. Márcia Sena, especialista em longevidade ativa, fundadora e CEO da Senior Concierge, empresa que pratica um modelo de atenção integrada para dar suporte às pessoas com mais de 60 anos, relata que a maioria dos óbitos são causados pelo descobrimento tardio do tumor.
“Infelizmente, uma grande parte dos homens têm uma concepção machista sobre o autocuidado, por esse motivo evitam ir ao médico com frequência, diferente das mulheres. Muitos desses senhores acreditam que são criados somente para cuidar, sendo o provedor da casa, o pai herói, o porto seguro, ou seja, um ser indestrutível que nunca pode mostrar as suas vulnerabilidades”, diz a especialista.
Porém, Márcia diz que é fundamental que os homens idosos rompam com essas ideologias machistas referente aos cuidados com a saúde. Pois, ter um acompanhamento regular com um profissional da saúde, bem como bons hábitos, auxilia no combate e prevenção de doenças e proporciona uma melhor qualidade de vida e consequentemente uma maior longevidade.
AliançA FM