Mães mudam suas vidas para cuidar da saúde dos filhos
Mães mudam suas vidas para cuidar da saúde dos filhos
Doenças graves levam mulheres a morar por meses em UTIs e aprender a viver em vigilância constante
Muito se fala que as orações mais sinceras são aquelas feitas dentro dos hospitais, principalmente pelas mães que estão com os filhos internados para uma cirurgia ou exame, ou que visitam ou até moram por um tempo dentro de uma UTI. E se, entre as mãos que essas mulheres esfregam enquanto rezam, estivesse uma lâmpada mágica com direito a um pedido, todas, sem titubear, suplicariam pela saúde dos filhos.
A professora Ariane Patrzyk é uma dessas mulheres. Quando o filho Nathan completou 6 anos, ela começou a observar que ele tinha mais dificuldade de correr que as crianças da idade dele, que subir escadas não era tão fácil como deveria e que sempre apoiava as mãos no chão ao se levantar. Procurou um médico em Irati (PR), cidade em que mora, e foi encaminhada para especialistas das cidades vizinhas, até que foi orientada a fazer um teste genético. Sessenta dias depois, em maio de 2012, veio o diagnóstico tão temido: Nathan, hoje com 18 anos, tem Distrofia Muscular de Duchenne, uma doença rara, progressiva e degenerativa que ataca os músculos e a parte cardíaca. A expectativa de vida é de 20 anos.
“Nós ficamos sem chão. Choramos escondido, mas mantivemos a fé. Estudamos sobre a doença e descobrimos um tratamento experimental na Tailândia. Juntamos dinheiro com amigos e, em 2013, fomos para lá. Por ter apresentado uma melhora significativa, voltamos em 2014 para mais uma etapa. Mas trinta dias de tratamento e oito aplicações custam cerca de US$ 33 mil e, em 2015, não conseguimos voltar. Com isso, o meu filho acabou perdendo a capacidade de levantar sozinho e subir escadas”, relembra a mãe. Mães mudam suas vidas
“Depois, descobrimos uma terapia com células tronco feita no Paraguai. O material foi retirado do dente de leite da irmã de Nathan e isso ajudou a frear um pouco o progresso da doença. Mas, em fevereiro, Nathan teve uma gripe forte, e o trouxemos de ambulância para Curitiba, onde tem mais recursos. Chegou entubado, foi extubado e entubado novamente em questão de dois dias. Eu sentia que o meu coração parava de bater nesses momentos, mas, agora, com trabalho intensivo de toda equipe, Nathan voltou a falar e está começando a comer alimentos pastosos”, se anima Ariane, que há mais de 70 dias mora dentro da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Marcelino Champagnat, junto com o filho, e espera ganhar de presente de Dia das Mães a transferência da UTI para um quarto e logo poder voltar para casa. (Com informações Central Press)
AliançA FM