Mãe vai receber indenização após filha de 14 anos ser estuprada dentro de hospital

Após uma paciente de 14 anos, portadora de paralisia cerebral, ter sido estuprada quando estava internada no Hospital Infantil João Paulo II, em Belo Horizonte, em setembro de 2015, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) foi condenada a pagar R$ 150 mil de indenização para a mãe da adolescente. A entidade teria alegado que o responsável pelo crime não foi identificado e que havia suspeitas de que poderia ser alguém do público externo.

De acordo com a sentença, no boletim ocorrência constava que a pediatra que atendeu a adolescente na manhã do dia 10 de setembro de 2015 foi quem constatou o abuso durante a noite e acionou a direção do hospital e a mãe da paciente. Ela foi encaminhada para o Hospital Odilon Behrens, onde foi confirmada a violência.

A defesa da Fhemig disse que adotou todas as providências necessárias para resguardar a paciente e sua família, e que, após o ocorrido, foram adotadas medidas de segurança. Ainda segundo a defesa da Fundação, parte da culpa teria sido da mãe da vítima, já que o guia interno de usuários recomendava a presença de um acompanhante noturno aos pacientes, de preferência do sexo feminino. Para a Justiça, no entanto, é dever do hospital preservar a integridade física dos pacientes.

No decorrer do processo foi informado que a paciente morreu e a mãe se tornou sucessora dos diretos da filha. A Fhemig disse que aguarda a intimação sobre a sentença e, tão logo isso aconteça, adotará as medidas cabíveis. Cabe recurso.

O Liberal.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *