Lula minimiza conflitos com Congresso em discurso a empresários
O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, feito ontem na Confederação Nacional das Indústrias (CNI), não reverberou com tanta intensidade entre os empresários quanto no meio político. Para representantes do empresariado nacional, quando o presidente disse que “só Deus” o impediria de levar o Brasil a ocupar um lugar de destaque, apenas mostrou a determinação do governo de aprovar o mais rápido possível as reformas tributária e da Previdência.
Enquanto líderes dos partidos de oposição se revezaram na tribuna do Senado condenando o discurso de ontem, os empresários, que foram recebidos pelos presidentes das duas Casas, minimizaram a repercussão das palavras de Lula, afirmando que ele apenas defendeu as reformas. “O presidente está defendendo as reformas com a ênfase necessária para que elas possam ter tramitação rápida, em função do compromisso que o governo assumiu de viabilizá-las, porque são fundamentais para a consolidação das finanças do Estado”, disse o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Gabriel Jorge Ferreira.
Para o empresário Jorge Gerdau Johanpetter, “o presidente pôs para fora todo o seu sentimento na busca de que as reformas tenha sucesso”. O presidente do grupo Ação Empresarial disse também que, Lula caracterizou, no discurso, seu espírito de luta, “criou um conflito”, que não deve ser empecilho para as negociações das reformas no Congresso.
O presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Antonio Oliveira Santos, foi mais enfático. Ainda que não tenha ouvido o discurso do presidente, ele o considerou “uma demonstração de vontade política do Executivo” de fazer as reformas necessárias. “Vontade política esta que não sentimos nos últimos oito anos”. A leitura de Antonio Oliveira Santos é de que o governo está determinado a fazer as reformas, com o apoio do Congresso e de toda sociedade. Lula minimiza conflitos Lula minimiza conflitos Lula minimiza conflitos
O anfitrião da solenidade que gerou toda a polêmica no Congresso, hoje, Armando Monteiro, presidente da CNI, disse que a análise do discurso de Lula tem que ser de “conteúdo e não de forma”. Na mesma argumentação dos demais empresários, Monteiro ressaltou que “o presidente quis traduzir sua firme determinação e compromisso de promover as reformas”. ( com informações Agência Brasil )
AliançA FM