Lula: delação de Cid deixa Bolsonaro “altamente comprometido” O acordo de delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro,
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Lula: delação de Cid deixa Bolsonaro “altamente comprometido”
O acordo de delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, foi homologado pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os esclarecimentos mais importantes já foram fornecidos em depoimento, e a dinâmica agora se concentra na verificação e confirmação de provas ou promessas fornecidas pelo Cid à Polícia Federal.
Por causa disso, também entram em cena as chamadas “diligências complementares”, que são feitas para reforçar ou refutar as declarações do delator.
Aliados de Bolsonaro reconhecem que a delação de Mauro Cid é uma grande ameaça à sua equipe. Cid era como uma sombra do ex-presidente, sempre acionado para resolver questões pessoais ou políticas.
Ele está intimamente ligado aos três eixos principais da investigação até agora: fraude no cartão de vacina, desvio de presentes importantes e tentativa de conspiração após a derrota nas eleições de 2022.
Neste último, a PF disse que o Cid tinha o dever de procurar apoio legal para a violação, incluindo a compra, distribuição e distribuição de teses falsas sobre o artigo 342 da Constituição que já havia sido violado.
Após delação de Mauro Cid, Lula diz ver Bolsonaro ‘envolvido até os dentes’ com perspectiva de golpe
O acordo de colaboração premiado do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi comentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Lula afirmou que Bolsonaro está “altamente comprometido” com as investigações.
“Eu acho que ele tá altamente comprometido. A cada dia vai aparecendo as coisas, e a cada dia nós vamos ter certeza de que havia a perspectiva de golpe e que o ex-presidente estava envolvido nela até os dentes”, afirmou durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (11).
Lula não falou sobre os detalhes do acordo de delação premiada do Cid, que foi homologado no sábado (9) pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente afirmou que não é possível fazer suposições sobre algo que não sabe: Não tenho ideia do que está aí. Só o coronel que prestou depoimento e o delegado que o escolheu têm conhecimento disso. O resto é mera especulação.
Finalmente, Lula disse que Bolsonaro estava preocupado em “vender as joias” e que o ex-presidente é “responsável por parte das coisas ruins que aconteceram” no Brasil.
“É isso que vai ficar claro, o tempo vai se encarregar. A única chance que ele tinha de não participar disso é quando ele estava preocupado em vender as joias”, disse.
Decisão de Moraes
A liberdade provisória concedida a Mauro Cid pelo ministro Alexandre de Moraes possui medidas cautelares. Ou seja, o ex-ajudante de ordens terá de seguir as seguintes determinações impostas pelo STF:
- uso de tornozeleira eletrônica;
- comparecimento em juízo em 48 horas, e comparecimento semanal posterior, às segundas-feiras;
- proibição de sair do país e entrega do passaporte em 5 dias;
- cancelamento de todos os passaportes emitidos pelo Brasil em nome dele;
- suspensão de porte de arma de fogo, assim como de certificado de registro para coleção, tiro esportivo e caça;
- proibição de uso de redes sociais;
- proibição de falar com outros investigados, inclusive por meio de seus advogados. As exceções são a mulher, filha e pai dele.
Além disso, Moraes tentou o afastamento do tenente-coronel do exercício de suas funções como oficial do Exército. Na decisão, Moraes afirma que Cid deve voltar para a prisão caso medidas cautelares sejam descumpridas.
AliançA FM