O ex-presidente Lula (PT), que também é pré-candidato na eleição presidencial de 2022, defendeu na última quarta-feira (6), que o aborto seja um direito legalizado. Para o político petista, quem sofre com a proibição são as mulheres pobres, que passam pelo procedimento sem segurança, enquanto as ricas fazem o aborto no exterior.
“Aqui no Brasil, as mulheres pobres morrem tentando fazer aborto, porque é proibido, o aborto é ilegal. Aqui no Brasil não faz (aborto) porque é proibido, quando na verdade deveria ser transformado numa questão de saúde pública, e todo mundo ter direito e não ter vergonha. Eu não quero ter um filho, eu vou cuidar de não ter meu filho, vou discutir com meu parceiro. O que não dá é a lei exigir que ela precisa cuidar”, afirmou Lula.
No primeiro semestre de 2020, mais de 80 mil mulheres foram atendidas pelo SUS em todo o país em razão de abortos malsucedidos – provocados ou espontâneos. O total é 79 vezes maior do que o de interrupções de gravidez previstas pela lei no período: 1.024 abortos legais realizados à época