Líder da oposição contra Maduro na Venezuela critica Lula após falas sobre o país

Líder da oposição contra Maduro na Venezuela critica Lula após falas sobre o país O líder da oposição ao governo do presidente Nicolás Maduro

Líder da oposição contra Maduro na Venezuela critica Lula após falas sobre o país
O líder da oposição ao governo do presidente Nicolás Maduro, da Venezuela, Henrique Capriles, teceu críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva após as declarações proferidas por ele durante o encontro com Maduro que aconteceu na última segunda-feira, 29. Na ocasião, o presidente sugeriu que Maduro divulgasse a sua “narrativa”, de modo a contrapor “às narrativas” que foram disseminadas no cenário internacional. “Eu acho que por tudo que conversamos, a sua narrativa vai ser melhor do que a narrativa que eles têm contado contra você”, disse Lula.

Nesta quarta-feira, 31, em entrevista ao jornal O Globo, Capriles, que pretende disputar as eleições presidenciais venezuelanas no ano que vem, afirmou que o brasileiro “não entendeu que os tempos mudaram”. “Não sou extremista, mas sua declaração foi infeliz. Lula foi eleito democraticamente, como Petro, Boric, Lacalle Pou. Onde não houve eleições democráticas na América do Sul? Na Venezuela”, declarou o líder da oposição. Para ele, o comentário foi “um tapa na cara de milhões de venezuelanos”.
Durante a entrevista, Capriles também questionou o que o chefe do Executivo brasileiro pensaria sobre a situação dos aposentados no país, revelando que tais aposentadorias podem corresponder a pagamentos de menos de US$ 5 por mês. O venezuelano em questão foi derrotado por Maduro nas eleições de 2013, após a morte de Hugo Chávez, por uma diferença de dois pontos percentuais. Tal resultado é questionado até o presente momento por setores da oposição do país.

É importante ressaltar que, além de Capriles, outros líderes sul-americanos também se manifestaram sobre o discurso feito pelo presidente na última segunda-feira. Após a reunião que contou com a participação de diversos chefes de Estado de países da região, o chileno, Gabriel Boric, afirmou que a situação vivida na Venezuela não se trata de uma “narrativa”. “Gostaríamos que a Venezuela retornasse a um ambiente multilateral porque há espaços para resolver problemas, e não para declarações que nós ataquemos uns aos outros. Isso, no entanto, não significa colocar debaixo do tapete ou fazer vista grossa para um tema que consideramos importante”, declarou.

Boric revelou previamente que havia mostrado, de maneira respeitosa, que tinha uma divergência de opinião com Lula. “É uma realidade, é séria, e tive a oportunidade de vê-la nos olhos e na dor de centenas de milhares de venezuelanos que vivem em nossa pátria e que exigem também uma posição firme e clara de que os direitos humanos devem ser respeitados”, disse.

Na cúpula, Luis Lacalle Pou, do Uruguai, também comentou o assunto. “Se há tantos grupos no mundo que estão tratando de mediar para que a democracia seja plena na Venezuela, que se respeite os direitos humanos, que não haja presos políticos, o pior que podemos fazer é tapar o sol com o dedo. Damos o nome que tem e ajudamos”, pontuou. Líder da oposição contra Líder da oposição contra Líder da oposição contra

Na reunião realizada nesta semana, em Brasília, Lula apresentou dez propostas a serem implementadas para melhoria do futuro da América do Sul. Entre elas, destacam-se ampliações de cooperação em serviços, investimentos, comércio eletrônico e política de concorrência, bem como o desenvolvimento de ações para o enfrentamento das mudanças climáticas e o debate sobre constituir um mercado regional de energia, que assegure o suprimento, a eficiência de uso dos recursos, a estabilidade jurídica, os preços justos e a sustentabilidade social e ambiental. (com informações O Estado).

 

AliançA FM

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