Justiça obriga 123 Milhas a emitir passagens ou devolver dinheiro pago por advogada
Justiça obriga 123 Milhas a emitir passagens ou devolver dinheiro pago por advogada
A Justiça do Pará tentou que a 123 Milhas emita passagens ou devolva o dinheiro pago por uma advogada paraense que passa para o Rio de Janeiro. A liminar foi concedida na terça-feira passada (29) pela 1ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém.
O g1 Pará tentou entrar em contato com a 123 Milhas, mas até a publicação desta reportagem, a empresa não respondeu.
Desde que comprou duas passagens para ela e seu marido em outubro de 2022 por R$ 580, a advogada Camila Canto estava se preparando para viagens, gastando mais mil reais em hospedagens.
A explicação é o seguinte: “Quando eu e meu marido compramos as passagens, a gente sabia que estava bem abaixo do preço praticado pelas companhias aéreas, mas a gente decidiu correr o risco porque a gente já conhecia várias pessoas que tinham emitido as passagens dessa forma.”
No entanto, no dia 18 de agosto, a 123 Milhas anunciou a suspensão dos pacotes e o envio de passagens de sua linha promocional, com embarques programados de setembro a dezembro de 2023. Isso surpreendeu Camila e seu marido.
A advogada estava planejando viagens para o Rio de Janeiro no final de novembro deste ano. Ela afirmou que a decisão, que ainda era liminar, veio de forma inesperada.
A decisão da juíza Ana Patrícia Alves Fernandes diz que a empresa “forneça hospedagem, nos mesmos moldes e categoria adquirida pelos reclamantes quando da compra do pacote, bem como passagens aéreas”.
Caso não o faça, a 123 Miles é obrigada a reembolsar imediatamente o dinheiro que pagou à advogada em até quinze dias úteis, caso contrário, estará sujeito a uma multa de R$ 800.
Camila comenta: “Agora os próximos passos são fazer com que uma empresa seja intimidada para cumprir essa decisão sobre pena de multa.”
A agência entrou com um pedido de recuperação judicial na terça-feira passada (29). A petição foi encaminhada à 1a Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte (MG).
Após o pedido de recuperação judicial da empresa, Camila está preocupada: “Corro ainda o risco de não ver essa tutela sendo cumprida”.
Viajar é para ela o mais importante. Eu fico com o dinheiro se não conseguir emitir . A questão é que o dinheiro que eu paguei não é suficiente para cobrir o trecho atual da viagem. Portanto, estou entre a cruz e a espada, lamentável. Justiça obriga
A empresa afirmou em nota que o objetivo é “garantir o cumprimento dos compromissos reforçados com clientes, ex-colaboradores e fornecedores” e “reequilibrar a sua situação financeira”.
AliançA FM