Jurista esclarece caso de abuso sexual envolvendo Cuca
Jurista esclarece caso de abuso sexual envolvendo Cuca
Em entrevista ao portal UOL, o advogado suíço Willi Egloff, que acompanhou a vítima durante todo o processo, disse que Cuca foi, sim, reconhecido por ela como um dos abusadores.
– A declaração de Alexi Stival (Cuca) é falsa. A garota o reconheceu como um dos estupradores. Ele foi condenado por relações sexuais com uma menor – disse o advogado.
Em sua entrevista na semana passada, Cuca disse que por três vezes a vítima não o teria reconhecido com um dos jogadores envolvidos no caso. Cuca foi condenado a 15 meses de detenção, algo que ele diz que ocorreu “à revelia”, embora tenha tido defesa paga pelo Grêmio.
– Se fosse no tempo de hoje, se tivesse acontecido agora, ia me favorecer muito. Você ia ouvir a moça: “Não, ele não estava. Não, ele não estava. Não, ele não estava”. Foram três vezes. Pronto. Eu já estou absolvido. Não existe coisa mais absoluta do que a palavra da vítima. Existe? Não existe – disse Cuca. Jurista esclarece
Outro fato confirmado pelo advogado foi sobre as notícias publicadas pelo jornal “Der Bund”, de Berna, em 1989, depois do veredito. O artigo da época aponta que foi encontrado sêmen de Cuca na garota. Segundo o advogado, o exame foi realizado pelo Instituto de Medicina Legal da Universidade de Berna.
– É correto que o sêmen de Alexi Stival foi encontrado no corpo da garota – disse o advogado.
Além de Cuca, os ex-atletas Eduardo, Fernando e Henrique ficaram presos em 1987 e foram levados a julgamento na Suíça dois anos depois
Na apresentação de Cuca, a diretoria do Corinthians disse que havia pesquisado sobre o caso e que acreditava na inocência do técnico.
– Se ele tivesse envolvimento, jamais seria técnico do Corinthians, mesmo que o crime tivesse prescrito e passado 100 anos. Mas a vítima não reconhece Cuca como envolvido. Ele foi condenado à revelia, por não estar no julgamento. O Corinthians jamais contrataria um estuprador – disse Duílio na última sexta-feira, em conversa com jornalistas. (Com informações GE)