Insegurança alimentar chega a 60% nas zonas rurais

Insegurança alimentar atinge 60% dos domicílios em zonas rurais; Apenas quatro em cada dez famílias brasileiras têm acesso pleno à

Insegurança alimentar atinge 60% dos domicílios em zonas rurais

Insegurança alimentar atinge 60% dos domicílios em zonas rurais

; Apenas quatro em cada dez famílias brasileiras têm acesso pleno à alimentação e 33 milhões de brasileiros passam fome, de acordo com o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil.

São 14 milhões a mais de pessoas com fome em comparação com o último inquérito, realizado em 2020, e um crescimento de 7,2% no número de pessoas em algum grau de insegurança alimentar.

As zonas rurais também são mais afetadas pela fome. Nesses locais, o índice geral de insegurança alimentar chega a 60%, sendo que 18% passam fome.

Ao mesmo tempo, 21% dos agricultores familiares passam fome – índice maior do que a média brasileira e das áreas rurais.

Este é o pior cenário no século 21 no Brasil. Desde que foi criada a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), entre 2003 e 2004, jamais o país atingiu esse patamar de pessoas vivendo em algum dos três graus de insegurança.

Ao todo, são 125 milhões de brasileiros nessa condição, sendo 59 milhões em insegurança leve, 31 milhões em insegurança moderada e 33 milhões em insegurança grave (situação de fome).

Os números representam, também, uma violação à Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional, que desde 2006 prevê o “direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis”.

Recortes

Segundo os dados levantados, a fome é desproporcionalmente maior entre mulheres, pessoas negras, habitantes de zonas rurais e moradores das regiões Norte e Nordeste.

Um em cada cinco domicílios chefiados por mulheres está em estado de insegurança alimentar – um aumento de oito pontos percentuais em relação a 2020 – contra um em cada dez domicílios chefiados por homens.

Ao mesmo tempo, domicílios habitados por pessoas brancas registraram um índice de segurança alimentar de 53%, contra 35% de domicílios habitados por pessoas negras.

 

 

AliançA FM

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