Puxada por alimentos, a inflação acelerou de 0,47% em maio para 0,67% em junho, segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados pelo IBGE nesta última sexta-feira. A pesquisa mostra que os preços seguem pressionados ao consumidor: em 12 meses, o índice ficou em 11,89%. Há dez meses o índice permanece no patamar de dois dígitos.
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Segundo o IBGE, é a maior variação para o mês de junho desde 2018, quando subiu 1,26%. O resultado veio ligeiramente abaixo do esperado. Economistas projetavam alta de 0,71% no mês, segundo mediana do Valor Data.
Preços dos alimentos seguem pesando no bolso; leite sobe 10,72%
Todos os nove grupos investigados pela pesquisa ficaram no campo positivo. A alta do indicador foi influenciada principalmente pelo aumento de 0,8% no grupo Alimentação e bebidas, que tem peso de 21,26% no índice geral. Os preços dos alimentos para consumo fora do domicílio subiram 1,26%, com destaque para a refeição (0,95%) e o lanche (2,21%).
“Assim como outros serviços que tiveram a demanda reprimida na pandemia, há também uma retomada na busca pela refeição fora de casa. Isso é refletido nos preços”explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
Também subiram os preços do leite longa vida e do feijão-carioca, com altas de 10,72% e 9,74%, respectivamente. Somente o leite teve um impacto de 0,09 ponto percentual no mês. Com isso, os alimentos para consumo no domicílio subiram 0,63%. Por outro lado, houve queda em itens como a cenoura, cebola, batata-inglesa e o tomate.
AliançA FM