Incêndio em edifício de Joanesburgo deixa mais de 70 mortos Na madrugada desta quinta-feira (31), 73 pessoas morreram em um incêndio em um
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Incêndio em edifício de Joanesburgo deixa mais de 70 mortos
Na madrugada desta quinta-feira (31), 73 pessoas morreram em um incêndio em um prédio em Joanesburgo, na África do Sul. O governo da cidade informou que outras 43 pessoas ficaram feridas. As razões para isso estão sendo investigadas.
No centro da cidade, este prédio de cinco andares tem um passado relacionado às políticas segregativas do Apartheid. Os negros sul-africanos chegaram a este edifício para obter seu “Dompass”, um documento que lhes permitiria trabalhar em áreas da cidade que pertenciam aos brancos.
O local era usado atualmente como uma residência informal e, de acordo com as autoridades, os imigrantes eram a maioria dos ocupantes.
O incêndio começou na noite de quarta-feira, 30, às 1h30, horário local.
Os moradores do segundo andar eram Leo, um jovem de 25 anos que sobreviveu ao incêndio. Ele fugiu com sua mãe.
“As pessoas estavam simplesmente fugindo. Estava escuro e havia fumaça. Não dava para ver nada”, disse ele.
Robert Mulaudzi, porta-voz dos Serviços de Gestão de Emergências de Joanesburgo, disse que as equipes de resgate estão trabalhando para ajudar e resgatar outras vítimas que possam estar dentro do edifício.
“O número [de mortos] pode aumentar, pois a busca e o resgate ainda estão em andamento”, publicou o governo da cidade em uma rede social.
Mulaudzi afirmou que o interior do edifício era na verdade um local de atividade informal, onde barracos e outras estruturas foram erguidos e as pessoas foram amontoadas em quartos. As equipes de emergência que tentavam atuar no local tiveram dificuldades significativas ao fugir, pois havia barreiras em todos os lugares.
Entre os falecidos estão sete crianças. O porta-voz disse que a vítima mais jovem tinha um ano.
Os indivíduos feridos receberam assistência médica e foram transportados para hospitais e centros médicos localizados na região.
Diversos corpos estendidos na rua são retratados em fotos feitas no local.
O membro do comitê municipal da cidade responsável pela segurança pública, Mgcini Tshwaku, afirmou que a razão provável para a iluminação interior do edifício era o uso de velas.
“Dentro do prédio havia um portão (de segurança) que estava fechado, para que as pessoas não conseguissem sair”, segundo Tshwaku. “Muitos corpos carbonizados foram encontrados amontoados neste portão”, afirmou.
Joanesburgo é uma das cidades mais desiguais do mundo, com um alto nível de pobreza, desemprego e escassez de habitação. O governo provincial de Gauteng diz que cerca de 15 mil pessoas vivem de rua.
De acordo com a AFP, a ocupação ilegal de prédios abandonados é comum no centro de Joanesburgo, onde grupos criminosos controlam muitos imóveis e cobram aluguel dos ocupantes.
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