Mateus Abreu Almeida Prado Couto, de 31 anos, não tem registro de contabilista, apesar de ter se apresentado assim na delegacia, depois do episódio em que humilhou motoboy, em um condomínio de Valinhos (SP), no dia 31 de julho. A informação é do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRCSP), em nota enviada ao Metrópoles.
Mateus humilhou o motoboy Matheus Pires chamando-o de semianalfabeto e afirmando que o rapaz tinha inveja da cor dele. O caso ganhou destaque nacional na última sexta-feira, 7.
O Metrópoles revelou o boletim de ocorrência em que Mateus Couto disse que era contabilista, informação posteriormente confirmada pela Secretaria de Segurança Pública (SSPSP): “O autor dos fatos consta no registro com a profissão de contabilista”.
Apesar de o termo contabilista ser usado por contadores bacharéis em ciências contábeis e por técnicos em contabilidade, o Decreto-Lei n.º 9.295/46, que regulamenta a profissão, determina a necessidade de registro em Conselho Regional de Contabilidade para exercer a profissão. “Caso alguém exerça atividade privativa de profissional da contabilidade sem o devido registro, este exercício é ilegal e está sujeito às penalidades previstas”, explicou o CRCSP, na nota.
O pai de Mateus Couto, Fernando Couto, foi procurado, mas não respondeu à solicitação.
O advogado Márcio Santos Abreu, que faz a defesa do motoboy, resolveu entrar com uma representação nessa segunda-feira, 10.
O Liberal.