Homem é executado a tiros após ser levado pela Rota

Homem é executado a tiros após ser levado pela Rota

Na noite da última quinta-feira (5), Guilherme Ferreira Napoleão, de 32 anos, foi executado com pelo menos quatro tiros por policiais da Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar (Rota), dentro de um imóvel em Sapopemba, zona leste de São Paulo. A versão oficial apresentada pelos policiais da tropa de elite da PM aponta para um confronto armado, mas a ausência de armas apreendidas e o fato de as câmeras corporais estarem supostamente descarregadas lançam dúvidas sobre o caso.

Testemunhas ouvidas em sigilo questionam a versão da Rota — cujos policiais afirmam terem sido supostamente recebidos a tiros pela vítima.

“Eles [PMs] abordaram o Guilherme na rua, junto com o Gustavo [Silva]. Não vou mentir, eles estavam vendendo droga, mas um crime não justifica outro. O Guilherme tinha começado há pouco tempo nessa vida errada”, afirmou uma das pessoas.

Na versão das testemunhas, os policiais abordaram Guilherme e Gustavo, perto de uma adega de bebidas. Eles foram colocados pelos PMs em viaturas diferentes.

Enquanto Gustavo foi levado ao 69º Distrito Policial, Guilherme foi conduzido pelos policiais a um imóvel desabitado na comunidade local. Testemunhas relatam ao Metrópoles que o homem teria sido executado no local. O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) apontou hemorragia aguda por projéteis de arma de fogo como a causa da morte.

Homem é executado a tiros após ser levado pela Rota

Dois destinos

O carro da Rota com Guilherme passou a circular com ele pela região, enquanto o outro veículo conduziu Gustavo para o 69º Distrito Policial (Teotônio Vilela). Guilherme teria sido executado a tiros em um imóvel desabitado, dentro de uma comunidade da região.

O local do homicídio — registrado como morte por intervenção policial — foi preservado por PMs durante a madrugada toda, período após o qual o corpo de Guilherme foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). Laudo preliminar, obtido pelo Metrópoles, afirma que ele morreu de hemorragia aguda provocada por projétil de arma de fogo.

Os motivos para que os policiais da Rota circulassem com Guilherme pela região ainda não foram esclarecidos.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o caso está sendo investigado pela Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Sobre as câmeras descarregadas, a SSP anunciou que 12 mil novos dispositivos, com maior autonomia, serão incluídos na tropa para evitar situações semelhantes.

Guilherme deixa dois filhos, de 15 e 8 anos.


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Dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que o Brasil está próximo de alcançar a meta de vacinação contra o HPV, causador do câncer de colo de útero. Segundo o levantamento, no ano passado, quase 85% do público-alvo já tinha sido vacinado e entre os adolescentes com 14 anos, a cobertura passou de 96%.

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