Após dois anos de pausa por conta da pandemia de covid-19, líderes das principais economias mundiais se reúnem esta semana em Davos, na Suíça, para o Fórum Econômico Mundial. Na pauta, as consequências da guerra na Ucrânia que já gerou mortes prejuízos financeiros ao mundo.
Quase um ano depois da invasão russa da Ucrânia e poucos dias após o bombardeio de um prédio residencial que deixou pelo menos 40 mortos, a guerra estará bem presente nas discussões, com uma grande delegação ucraniana na estação de esqui suíça e um discurso remoto do presidente Volodimir Zelensky.
A Rússia continua completamente ausente deste fórum que durante anos recebeu seus oligarcas de braços abertos, mas se espera uma presença chinesa significativa, após o fim das rígidas restrições sanitárias de Pequim pela covid-19.
O discurso desta terça-feira do vice-primeiro-ministro Liu He, que liderou as negociações durante a guerra comercial com os Estados Unidos, é muito aguardado e pode relançar a abertura comercial do gigante asiático ao mundo.
“Em um momento em que precisamos de mais cooperação internacional em várias frentes, enfrentamos o espectro de uma nova Guerra Fria que pode fragmentar o mundo em blocos econômicos rivais”, alertou on-line a secretária-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, na segunda-feira (16).
O Brasil também estará no centro dos debates desta terça, com a sessão “Brasil: Um Novo Roteiro”, com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Ambos estão em Davos para representar o governo Lula e buscar investimentos, em um contexto delicado após o ataque de milhares de pessoas às sedes dos Três Poderes em Brasília.
A América Latina volta a ter protagonismo em Davos com a presença dos presidentes de Colômbia, Equador e Costa Rica, além de representantes do Peru e da República Dominicana, entre outros países da região.
Há, acima de tudo, uma preocupação com o futuro da Amazônia, onde jovens ativistas como Helena Gualinga, conhecida como a “Greta Thunberg do Equador” e que também está em Davos este ano, lutam contra o desmatamento e defendem suas comunidades.
Mais uma vez, o Greenpeace denunciou a “hipocrisia” das elites mundiais, que vão a Davos para falar sobre o clima, mas de jato particular. Na edição do ano passado, foram registrados até 500 voos em aviões particulares com partida de, ou chegada a aeroportos próximos à estação de esqui, segundo um estudo encomendado pela entidade à consultoria holandesa CE Delft.
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