Governo fiscaliza empresa de criador do ChatGPT que paga brasileiros para escanear íris
Governo fiscaliza empresa de criador do ChatGPT que paga brasileiros para escanear íris
Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) investiga biometria ocular em projeto da World para distinguir humanos de robôs e verifica conformidade com a LGPD; organização já atua em países como EUA, México, Espanha, Portugal e Alemanha.
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) abriu um processo de fiscalização contra a World, que iniciou nesta quarta-feira (13) o escaneamento de íris de brasileiros interessados.
A organização tem feito a coleta de íris em dez pontos da cidade de São Paulo. O registro é gratuito e oferece como incentivo 25 tokens da Worldcoin, uma moeda digital que, na cotação atual, dá cerca de R$ 330.
A Word já atua em países como Estados Unidos, México, Espanha, Portugal e Alemanha. O lançamento oficial no Brasil acontece nesta quarta.
Em nota ao g1, a ANPD, que é vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, afirmou que busca mais informações sobre o funcionamento do projeto no país e irá verificar se a empresa está em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
Na tarde desta terça-feira (12), a equipe de fiscalização da ANPD se reuniu com representantes da World para esclarecer dúvidas sobre o projeto e entregar o documento que formaliza o pedido de explicações adicionais.
A World é uma organização criada por Sam Altman, CEO da OpenAI, dona do ChatGPT. Além de Altman, o empresário Alex Blania também participa da iniciativa. Ambos são fundadores da Tools for Humanity, empresa responsável pela operação da World.
O projeto que escaneia a íris tem como objetivo auxiliar na distinção entre humanos e robôs criados por inteligência artificial (IA). Entre os potenciais usos da inovação está a prevenção de perfis falsos em sites e redes sociais, por exemplo.
Segundo a World, essa tecnologia ainda pode substituir o Captcha, uma ferramenta de segurança usada por vários sites para certificar que quem está acessando é um humano e não um robô. (Com informações G1)
AliançA FM