Os preços da gasolina e do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, no Brasil, caminham para atingir, em outubro, os patamares mais altos deste século, tanto em valores nominais quanto reais (ajustado à inflação), aponta o monitor de preços do Observatório Social da Petrobras (OSP).
A entidade de pesquisa é ligada à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), ao Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (IBEPS) e ao Instituto Latino-Americano de Estudos Sócioeconômicos (Ilaese). Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o litro da gasolina foi vendido, na média, a R$ 6,266 nas três primeiras semanas de outubro. Até então o pico do preço do derivado havia sido atingido em fevereiro de 2003, no valor real de R$ 6,254 o litro.
Já o GLP foi vendido, na média, a R$ 100,35 o botijão, nas três primeiras semanas de outubro. Em setembro, o custo do botijão já havia batido recorde, no valor de R$ 97,73.
O preço do diesel S-10, combustível com teor de enxofre mais baixo e usado para abastecer caminhões e ônibus desde 2012 no Brasil, também está a caminho de bater recorde este mês, desde o início da série histórica, em dezembro de 2012. O litro do combustível foi vendido a R$ 5,032 nas três primeiras semanas do mês.
O Observatório Social da Petrobras defende mudanças na política de preços da estatal, que prevê reajustes alinhados ao preço de paridade de importação (PPI). A estratégia de precificação completou este mês cinco anos. O OSP propõe uma nova forma de precificação, baseada nos custos reais de extração e refino da Petrobras, mais margem de lucro para remunerar os acionistas, em alternativa ao alinhamento ao mercado internacional.
AliançA FM
Com informações do Valor PRO.