Uma das gerações mais vitoriosas da história do Flamengo conquistou ontem o penúltimo título que falta para seu álbum de figurinhas. A taça da Copa do Brasil veio depois da vitória nos pênaltis sobre o Corinthians no Maracanã (6 a 5 nas cobranças após empate em 1 a 1 no tempo normal). Ela se junta a do Carioca, as do Brasileiro, da Libertadores, da Recopa Sul-Americana e da Supercopa do Brasil. Falta apenas uma, a do Mundial de Clubes — quando se disputa a Libertadores, não se conta a taça continental de segundo nível, a Sul-Americana.
Na noite de ontem o flamengo conquistou o tetracampeonato.
Para tentar conquistar o mundo novamente o time foi vice para o Liverpool em 2019, será preciso primeiro levar a Libertadores. Sim, o tempo para saborear o tetracampeonato da Copa do Brasil é curto. Daqui a nove dias, o time vai encarar o Athletico no Equador, mas a meta final é o troféu da competição organizada pela Fifa, ele é o que falta para esse grupo superar a geração de Zico como a mais vencedora.
A questão é que, do outro lado, tinha o Corinthians. E, ainda que reconhecesse as dificuldades, o time não estava disposto a ir para o jogo como mero coadjuvante. O técnico Vítor Pereira sabia que, assim como fora na primeira partida, era possível equilibrar forças com um time atento e bem postado. E desequilibrar com alguma surpresa.
A surpresa veio na escalação. Quando se esperava uma formação tradicional, o treinador optou por colocar o lateral Lucas Piton na vaga do meia Adson, recuar Fábio Santos (Corinthians ) para uma linha de três defensores e, assim, dar mais força ofensiva pelas alas.
O problema é que a estratégia começou a ruir com apenas seis minutos. Mesmo o povoado setor defensivo corintiano não foi capaz de evitar uma rápida troca de passes entre Arrascaeta, Everton Ribeiro e Pedro, que concluiu a jogada tocando na saída de Cássio. O gol que fez explodir o Maracanã foi seu 28º na temporada o centroavante que brilhou sob os olhares de Tite e deu passos rumo a um lugar no grupo que vai disputar a Copa do Mundo do Catar. Everton Ribeiro fez boa partida e tem boas chances de ser chamado.
Menos cotado na seleção, Gabigol é soberano no coração da torcida rubro-negra. O título da Copa do Brasil consagra ainda mais o camisa 9, ainda importante, por mais que tenha passado o bastão da condição de goleador do time para Pedro. Uma demonstração de altruísmo, de desapego em função do bem do Flamengo, que não deve ser esquecido. Quando esse time já histórico for citado daqui a 100 anos e perguntarem quem foi o grande ídolo da equipe, será o nome de Gabigol, o mais lembrado.
Mas o herói da noite foi mesmo o improvável Rodinei, responsável pela cobrança decisiva que fez explodir o Maracanã.
AliançA FM